Artigo
Disfunções sexuais que podem afetar a saúde mental
É uma realidade quando falamos que a mente precisa estar em equilíbrio com o corpo físico. Isto porque nossa produção hormonal está diretamente relacionada com nosso bem estar e qualidade de vida.
A disfunção sexual pode afetar tanto homens quanto mulheres, mas as formas como se manifestam e as suas causas podem variar significativamente entre os gêneros.
Quais seriam as principais disfunções sexuais entre homens ou mulheres, suas causas e tratamentos?
Sabemos que a libido é o sinônimo de desejo sexual intrínseco à produção dos hormônios e, no que diz respeito ao aspecto feminino, as mulheres são diretamente afetadas pela falta de desejo sexual, devido a algumas alterações hormonais que ocorrem ao longo das fases da vida e que podem afetar, significativamente o seu estado emocional. Os homens também sofrem com o problema, porém com implicações distintas.
No universo masculino, uma das principais disfunções sexuais é a Disfunção Erétil (DE) que é a incapacidade de obter ou manter uma ereção adequada para a atividade sexual. Uma outra disfunção que também é uma queixa bastante comum nos consultórios, é a Ejaculação Precoce que, refere-se a ejaculação que ocorre antes ou logo após a penetração, com o mínimo estímulo sexual.
Já a Ejaculação Atrasada é a dificuldade ou a incapacidade de ejacular, mesmo após uma estimulação sexual prolongada. No caso do Baixo Desejo Sexual, como o próprio nome já diz, é o menor interesse em atividade sexual, que pode ser influenciado por fatores físicos e psicológicos.
No caso das mulheres, o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH) ganha disparado nas queixas, trazendo inclusive muitas relações com as questões psicológicas, uma vez que está relacionada a pouca ou ao nenhum interesse em atividade sexual. É a forma mais comum de disfunção sexual feminina, gerando angústia, baixa autoestima, depressão e conflitos emocionais importantes. Mas temos também, o Transtorno de Excitação Sexual Feminina que é a dificuldade em manter a excitação sexual ou a falta de excitação durante a atividade sexual, como uma disfunção importante.
O Vaginismo: Espasmos involuntários dos músculos ao redor da vagina que impedem a penetração durante a relação sexual, causando dores e desconforto. E a Dispareunia que é a dor durante o ato sexual, que pode ser causada por várias condições físicas ou psicológicas.
Diante de todo o exposto, constatamos que: a vida contemporânea, o elevado nível de estresse, o excesso de atividades e auto cobranças e falta de tempo para uma vida de qualidade, contribuem de forma negativa para uma vida sexual saudável.
Enfim, seja qual for a causa da disfunção sexual, tanto em homens como em mulheres, o mais importante é procurar ajuda médica e psicológica para que seja apoiada a medicina no tratamento emocional adequado. Iniciar o caminho consultando um médico é fundamental para identificar a disfunção orgânica e hormonal e, caso não sejam identificadas causas físicas, é fundamental o acompanhamento de um profissional de saúde mental especializado em sexologia para ajudar a superar a disfunção e redescobrir o prazer e satisfação sexual.
Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista
ARTIGOS
Mexer no celular pode aumentar a sua ansiedade?
Com certeza, muitos responderão que sim, mexer no celular contribui para o aumento da ansiedade. E isso foi comprovado através de um relatório feito pelo Instituto Cactus e AtlasIntel, chamado “Panorama da Saúde Mental”. A pesquisa, feita com 3.266 pessoas, no final de 2023, apontou que, dos 36,9% dos brasileiros que passam 3 horas ou mais por dia nas redes sociais, 43,5% possuem diagnóstico de ansiedade. Brasileiros em idade acima de 16 anos e em sua grande maioria, mulheres.
Limitar o tempo de uso do celular e das redes sociais é fundamental para o equilíbrio emocional e o controle de sintomas indesejáveis, como a ansiedade. O consumo excessivo das redes, sem dúvida, vai impactar negativamente na saúde mental e pode provocar gatilhos que gerem problemas de autoimagem, diminuição da autoestima, menor interação presencial com as pessoas, estimulando a fobia social, maior exposição a Fake News e Cyberbullying, Nomofobia (medo de não estar conectado), alterações do sistema mental de recompensas, entre vários outros prejuízos à vida do indivíduo.
É sabido também que muitas pessoas com depressão buscam as redes sociais como um sentido de fuga da realidade. Para evitar contato com o outro ou mesmo a necessidade de ter que expressar o que sente. Pontos cruciais na contribuição do aumento da ansiedade em níveis fora do normal. Por isso, é necessário uma mudança comportamental, em relação ao uso de celulares e consumo das redes sociais. Não importa a idade ou o gênero, o uso excessivo estimula doenças emocionais e também físico que, se não tratadas a tempo, podem ser irreversíveis.
Fazer pausas constantes e periódicas durante o uso de redes, é uma das medidas mais assertivas e que traz resultados rápidos, apresentando diminuição da ansiedade, controle da depressão, redução da baixa autoestima e melhor conscientização da imagem corporal. Além disso, o sentimento de desaceleração é um dos pilares para essa melhora significativa.
Portanto, devemos estar sempre atentos ao tempo que designamos para estar frente ao celular, aos eletrônicos e as redes sociais. É necessário desligar-se, fazer pausas e ocupar o tempo com atividades simples e prazerosas, para diminuir e evitar a dependência, provocada pelas alterações cerebrais que impulsionam o uso da internet, impactando negativamente no bem estar físico e psicológico do ser humano. Substituir as telas por um livro físico, uma boa conversa com amigos, filhos e familiares, aplicar a calma e paciência para saborear e degustar um alimento, apreciando cada nota de sabor, ouvir uma boa música relaxante, deitar e se permitir não fazer nada ou fazer uma atividade física prazerosa, são algumas das dicas que podem salvar dias e ajudar, positivamente, as mudanças comportamentais. Além claro, de facilitar e promover relações pessoais, profissionais, íntimas e acadêmicas, mais leves e tranquilas, uma vez que a ansiedade ou qualquer outro desconforto emocional, está fora do páreo.
Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista
· Andrea Ladislau é doutora em Psicanalise Contemporânea, Neuropsicóloga. Graduada em Letras – Português/ Inglês, Pós graduada em Psicopedagogia e Inclusão Digital, Administração de Empresas Administração Hospitalar. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro.
Instagram: @dra.andrealadislau
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