Para reduzir ao máximo os excessos na fatura de água e gerar economia, o Hemocentro coordenador de Palmas desenvolve um programa de racionalização do consumo de água tratada. A implantação do programa de uso racional da àgua teve plena adesão dos colaboradores da unidade e resultou em 27% de economia do consumo de água no primeiro ano de implantação. Para certificar o êxito do programa, o Hemocentro coordenador recebe nesta quarta-feira, 22, às 09 horas, certificado de consumidor sustentável da empresa Odebrecht Ambiental/Saneatins.

O Programa de uso racional da àgua foi implantado graças à parceria firmada entre Hemocentro, a concessionária Odebrecht Ambiental/Saneatins, que realizou visitas técnicas, treinamento e assessoramento para implantação de protocolos de racionalização e monitoramento do consumo de água, e com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que disponibilizou gratuitamente um software de acompanhamento virtual do consumo que permite análises em tempo real das medições de consumo do prédio.

A implantação se iniciou com uma varredura nas dependências do Hemocentro para identificação de possíveis vazamentos visíveis e invisíveis com auxílio de técnicos da concessionária de fornecimento de água. O biólogo e gerente de controle de qualidade do Hemorrede de Palmas, Marildo Sousa, explica que, após esta fase, o programa passou a ser direcionado pelos próprios servidores através da adoção de atitudes mais conscientes em prol da prevenção de desperdícios. “Passamos também a registrar diariamente o consumo registrado no hidrômetro em planilhas de uso interno”, completa.

Marildo Sousa conta que as leituras diárias permitem a aferição da média de consumo, que varia entre 3,8 a 4,2 metros cúbicos de água por dia. “Pelo fato de medirmos todo dia, passamos a conhecer de fato nosso perfil de consumo. Então quando se percebe um pico de consumo de 5 ou 6 metros cúbicos, por exemplo, verificamos se houve algum vazamento ou algum evento que justifique aquele pico”, esclarece Marildo Sousa.

Na Prática

A vantagem do monitoramento do consumo, explica o gerente, é poder fazer intervenções de contenção de vazamentos rapidamente. “Não precisamos esperar chegar a conta daqui a 20 ou 30 dias para descobrir um vazamento. Como fazemos esse acompanhamento diário, já aconteceu de localizarmos uma torneira que passou a noite vazando em um área de pouca circulação e consertar rapidamente no dia seguinte ao surgimento do problema. Se não houvesse o acompanhamento diário, ela passaria quase uma semana vazando até descobrirmos”, completa Marildo, acrescentando que a colaboração de todo o corpo técnico do Hemocentro é fator fundamental para o sucesso do programa.

“Já está impregnado na cabeça das pessoas que de tanto a gente falar nas atualizações, mostrando indicadores, nosso consumo, o tamanho da nossa economia. Se tem um programa, e todo mundo consome por alguma finalidade, vamos economizar”, comemora Marildo Sousa. A responsável técnica da sorologia, Eveline Leão Ávila Pessoa, conta que conseguiu disseminar os conceitos de uso sustentável de água em casa. “Nós acabamos levando para casa, passei para meus filhos toda aquela preocupação em não ver torneiras pingando, em controlar o tempo do banho e consegui ver uma economia considerável na minha conta de água”, ressalta. 

“O que aprendemos de mais importante foi o monitoramento diário das torneiras e orientar quem está dentro de casa sobre economizar. Antes de vir para cá, eu tinha o hábito de lavar a calçada com água, hoje não. Sei que não tem essa necessidade mais. Também uso a água da máquina de lavar roupas para lavar o pátio, passei a orientar a secretária de casa e aí passamos a multiplicar buscando medidas que estão ao alcance”, exemplifica a  bioquímica, responsável pela gestão da qualidade, Jacqueline Bittar.

“Um ano depois, para nós o resultado é muito satisfatório, porque mesmo que existam novas pessoas trabalhando no órgão eles conseguem repassar lá dentro o que aprenderam e manter um padrão de consumo inteligente. Todos colaboradores do Hemocentro passam a ter mais cuidado e diminuem o tempo de abertura das torneiras”, ressalta a gerente comercial da Odebrecht Ambiental | Saneatins, Uilma Cavalcante. Uilma explica que qualquer unidade consumidora no Tocantins de água tratada com perfil de consumo superior a 50 metros cúbicos de água por mês pode aplicar o uso racional da água com auxílio dos técnicos da Odebrecht Ambiental|Saneatins.