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ECONOMIA

Procon Tocantins lerta sobre Golpe da Lista Amarela

Golpistas estão ligando para empresas e ameaçando inserir dados nos serviços de proteção ao crédito.

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Os consumidores têm procurado a Superintendência Estadual de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Tocantins) para denunciar um suposto golpe chamado Golpe da Lista Amarela. Conhecido também como Golpe da Lista Telefônica, a fraude acontece quando a pessoa ou a empresa recebem uma ou mesmo várias ligações de outra empresa, geralmente, denominada Publicidade Brasil Telecom. No contato, os golpistas informam a respeito de uma hipotética dívida em razão de propagandas feitas nos sites Telelista.net ou Lista Amarela e, em seguida, falam o valor da dívida junto à empresa de publicidade destacando que se o valor não for pago, o nome da pessoa será incluído no banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito SPC/Serasa.  

 

Colinas do Tocantins

Uma ligação e a informação de um débito de quase R$ 4 mil junto à empresa Publicidade Brasil Telecom. Esse foi o relato de Leandra Barbosa Fagundes ao Procon Tocantins por meio do atendimento realizado no Núcleo Regional de Colinas.

 

“Resolvi procurar o Procon porque eles ameaçaram colocar o meu nome no Serasa e eu sabia que não tinha feito o que eles estavam falando”, disse Leandra Fagundes. Odontóloga por formação, a consumidora foi informada que havia contratado o serviço ainda em 2010. “É um golpe bem organizado. Se a pessoa não tiver consciência do que faz, cai mesmo”, acrescentou.

 

Leandra enfatizou por que procurou o órgão para registar a denúncia. “O Procon é um órgão respeitado e tem credibilidade. Quis evitar gastos entrando  na justiça ou até contratando um advogado. Já resolvi muita coisa apenas com um telefona ao Procon e nunca deu errado comigo”, finalizou a consumidora.   

 

Para Neuvan José de Sousa Siqueira, chefe Núcleo Regional de Colinas, o golpe é cada vez mais comum. “Infelizmente a sociedade ainda sofre com vários tipos de golpes instalados por criminosos que contaminam a economia do nosso país. Esse tipo de crime vem evoluindo, principalmente com a facilidade da informação proporcionada pelas tecnologias. A consumidora nos procurou e foi orientada a não repassar seus dados pessoais, principalmente os dados bancários. O Procon está preparado para orientar e promover ações administrativas necessárias para coibir, solucionar e diminuir os prejuízos causados ao consumidor”, destacou Neuvan José.

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Como evitar?

Segundo o gerente de Educação para o Consumo do Procon Tocantins, José Santana Júnior, é preciso que a empresa tome muito cuidado para evitar ser enganada. “O golpe da lista telefônica é antigo, mas ainda acontece muito e a melhor forma de evitá-lo é nunca passar os dados cadastrais para pessoas desconhecidas. Geralmente isso acontece quando a empresa concentra em uma única pessoa, por exemplo, a responsabilidade de contratação e assinatura de documentos”, disse José Santana.  

 

José diz que na maioria dos casos os golpistas não chegam a negativar o nome da vítima, porém tentam obter vantagem financeira através da coação e de insistentes ameaças se valendo da boa-fé e até da ingenuidade de algumas pessoas.

 

CDC

O gerente informa que a prática é combatida pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC) por meio do Art. 37, § 1º, que proíbe a propaganda enganosa, onde nesses casos são ofertados serviços como sendo gratuitos, quando na verdade não são. “Na hipótese em que a vítima realize o pagamento, estará amparada também pelo Art. 42, parágrafo único, o qual garante que os valores pagos indevidamente sejam ressarcidos em dobro, sem prejuízo dos danos morais”, ressaltou.

 

“Caso seja vítima desse golpe, o consumidor nunca deve pagar o valor cobrado indevidamente. Orientamos que ela sempre nos procure para buscar mais informações. Lembrando que além de ser uma infração ao CDC, o golpe se trata também de um crime e a vítima deve registrar um boletim de ocorrência (BO) na delegacia mais próxima e, em casos mais específicos, procurar assistência judicial”, explicou José Santana.

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O golpe

Travestido de “prestação de serviço”, o golpe tem início quando a empresa vítima recebe algum contato por parte de uma empresa editora de listas telefônicas, que pode também se apresentar como agência de publicidade ou entidade filiada de empresas de telefonia, como no caso da Brasil telecom. Após, são solicitados os dados cadastrais da empresa sob a alegação de que serão necessários para publicação na tal lista telefônica, porém sempre deixando claro que se trata de procedimento gratuito e sem ônus extras na conta de telefone da empresa.

 

Os golpistas podem solicitar também informações pessoais de quem atender a ligação na empresa, alegando razões de segurança e confiabilidade das informações fornecidas. Como alternativa eles pedem para enviar as tais informações por fax ou preenchendo e retornando um formulário que eles enviam também por fax, quando igualmente solicitam que alguém assine para confirmar as informações. Depois de algum tempo a empresa recebe fatura da tal empresa, cobrando uma determinada importância (que eles inclusive costumam parcelar) por conta da inserção dos dados da empresa vítima em alguma lista telefônica ou anúncio publicitário.

 

Nesse momento a vítima começa a ser pressionada, no sentido de que se não pagar, eles (golpistas) entrarão com protestos e cobrança judicial. Posteriormente, virão cobranças insistentes sob a alegação de que o valor é devido, pois foram contratados para incluir a empresa na tal lista ou para publicar os anúncios e que os dados da vítima foram informados voluntariamente por determinado funcionário e que existe contrato assinado para embasar tal cobrança.

 

Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul também já tiveram registros desse tipo de golpe.

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ECONOMIA

Pará encerra 2024 com saldo positivo na balança comercial

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O Pará manteve sua relevância no comércio exterior em 2024, ficando entre os três maiores exportadores do Brasil com um crescimento percentual de 3,06% em comparação com 2023. O Estado registrou um saldo comercial positivo de US$ 20.916.083.990 bilhões, com exportações que totalizaram US$ 22.967.437.504 bilhões e importações que somaram US$ US$ 2.051.353.514 bilhões, representando crescimento de 7,26%. Os dados são do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA CIN).

O Pará consolidou sua posição de liderança na Região Norte, respondendo por 77,9% das exportações regionais, que totalizaram US$ 29.633.386.377 bilhões. O Estado também se destacou como o segundo maior exportador da Amazônia Legal, ficando atrás apenas do Mato Grosso, e alcançou a sexta posição no ranking nacional de exportações, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.

Para o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, o desempenho positivo da balança comercial do Pará reflete a força econômica do Estado e sua contribuição para o desenvolvimento regional e nacional. “Os números demonstram claramente o protagonismo do Pará no cenário econômico, mas precisamos ir além. Nossa economia ainda é fortemente baseada na exportação de commodities, que têm, sim, um papel importante na geração de emprego e renda. No entanto, podemos amplificar essa contribuição através da verticalização da produção industrial. Isso exige um esforço conjunto para melhorar a atratividade do nosso estado, por meio de mecanismos que incentivem a modernização do parque industrial. Precisamos destravar de uma vez por todas os impasses ambientais que até então têm sido obstáculos à implantação da infraestrutura logística moderna e eficiente, incluindo novos modais de transporte que facilitarão o acesso a insumos e o escoamento da produção, propiciando a chegada de novas indústrias, em especial aquelas do setor de bioeconomia. Esses são pilares fundamentais para alavancarmos o crescimento sustentável em 2025 e garantirmos que o Pará usufrua plenamente dos benefícios de uma economia forte e integrada”, destacou Carvalho.

Mineração – O resultado da balança comercial paraense em 2024 foi impulsionado pelo setor mineral, responsável por 84% do total exportado pelo Estado. Mesmo com uma variação negativa de -1,53%, o minério de ferro liderou o segmento, movimentando US$ 12.785.190.757 bilhões, com 168.532.705 toneladas, tendo a China como principal mercado. O cobre apresentou alta de 24,48% e alcançou US$ 3.053.115.231 bilhões; a alumina calcinada cresceu 16,33% e somou US$ US$ 1.883.985.103 bilhão; e o alumínio não ligado e seus derivados tiveram um crescimento de 48,68%, registrando US$ 234.619.219 milhões.

Outros produtos – Produtos como soja e carne bovina também ganharam destaque. Apesar da variação negativa de -9,31%, a soja exportou US$ 1.502.852.432 bilhão e 3.479.769 milhões de toneladas, tendo como principal comprador a China. Já a carne bovina registrou alta de 45,62% com valor exportado de US$ 736.562.430 milhões, com destaque para os mercados da China e Oriente Médio. De acordo com Francisco Victer, coordenador do Movimento Aliança Paraense pela Carne, os números refletem a ampliação de negócios com a China, a partir da habilitação de novas indústrias no Estado.

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“O aumento das exportações de carne em 2024 foi impulsionado pela habilitação de quatro novas indústrias paraenses para o mercado chinês, dobrando o número de frigoríficos aptos a negociar com o país. Além disso, houve expansão das vendas para grandes mercados como Israel, Emirados Árabes, Hong Kong e Filipinas, além de novos destinos, como Líbia, Uruguai e Albânia. Para 2025, a expectativa é de resultados ainda melhores, com a habilitação de mais indústrias e a abertura de novos mercados, incluindo Estados Unidos, Chile, Japão, Coreia do Sul e União Europeia. Nesse contexto, esforços estão sendo direcionados para atender às exigências internacionais, especialmente em rastreabilidade e redução do desmatamento, fortalecendo as relações comerciais da Amazônia com mercados estratégicos”, explicou Victer.

Entre os produtos que também registraram alta estão os sucos de frutas, com um crescimento de 40,72%, alcançando US$ 103.132.403 milhões, tendo como principal destino a Alemanha; a pimenta “Piper”, que apresentou crescimento de 55,63%, com valor exportado de US$ 95.798.706 milhões, principalmente para os Estados Unidos; o palmito, que teve alta de 55,67% e valor exportado de US$ 1.151.043  milhão, em especial para os Estados Unidos; o arroz, que aumentou 87,95%, somando US$ 23.982 milhões, com destaque para o mercado da Libéria; além das farinhas, sêmolas e pós, que chegaram a um patamar de crescimento de 96,38%, e US$ 5.453.107 milhões exportados principalmente para os Estado Unidos.

De acordo com Cassandra Lobato, coordenadora da FIEPA CIN, as expectativas para 2025 são promissoras, com a ampliação das relações comerciais entre o Brasil e países da Europa, a partir do acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia, consolidado em dezembro de 2024.  “O Pará segue como líder da região Norte e as expectativas para a balança comercial do Estado são positivas, considerando fatores como a continuidade do crescimento das exportações, especialmente em setores estratégicos como mineração e produtos agropecuários. A diversificação das exportações, com foco em produtos não tradicionais, como soja e carnes, também pode contribuir para impulsionar o saldo comercial. O mercado asiático, liderado pela China, deve continuar como principal destino das exportações do Estado, enquanto a União Europeia pode ganhar ainda mais relevância com a implementação do acordo de livre comércio com o Mercosul, o que pode contribuir para ampliar nossa presença no mercado europeu”, explicou a coordenadora executiva do Centro Internacional de Negócios da FIEPA.

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Cidades paraenses que mais exportaram em 2024

Canaã dos Carajás (PA) aparece como a terceira cidade que mais exportou no país no último ano, com US$ 6.702.550.801 bilhões e destaque para o minério de ferro, ficando atrás das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Parauapebas (PA) também aparece entre as seis cidades brasileiras que mais exportaram, com US$ 6.245.678.432 bilhões, também com o minério de ferro.

No contexto do Pará, o interior foi responsável por 83% do total de exportações, enquanto a região metropolitana de Belém contribuiu com 17%. Além de Canaã dos Carajás e Parauapebas, outras cidades também contribuíram para os resultados da balança comercial. Barcarena exportou US$ 3.191.048.651 bilhões, tendo o corindo artificial, o alumínio e a soja como principais produtos. Marabá exportou US$ 2.586.216.354 bilhões, impulsionados pelo minério de cobre; e Paragominas, US$ 799.133.731 milhões, tendo a soja como principal produto.

Destinos das exportações paraenses

Entre os blocos econômicos, a Ásia manteve-se como principal mercado, absorvendo 63,58% das exportações paraenses, com um total de US$ 14.603.261.003 bilhões. Desses, a China responde por US$ 11.374.620.352 bilhões, impulsionada pela compra de minério de ferro e soja. A União Europeia ocupou o segundo lugar na importação de produtos paraenses, entre os quais minérios de ferro e cobre, com uma participação de 15,72% referentes a US$ 3.305.849.132 em negócios, liderados pelos Países Baixos (Holanda) e Alemanha.

As importações do Estado do Pará totalizaram US$ 2.051.353.514 bilhões, com alta de 7,26% em relação ao ano anterior, tendo como principais origens a América do Norte (32,95%) e a Ásia (16%).

Rotas de escoamento das exportações paraenses – Os principais modais usados no escoamento das exportações paraenses foram por via marítima, com destaque para o Porto de São Luís (MA) que movimentou US$ 16.227.696.144 bilhões, principalmente com minérios de ferro. O Porto de Belém (PA) registrou US$ 5.381.620.610 bilhões, tendo como principais produtos a soja e a alumina calcinada. Pelo porto de Santos (SP), foram US$ 563.527.436, sendo a maior parte referente ao escoamento de carnes desossadas e congeladas de bovinos. Já o porto de Santarém (PA) movimentou US$ 338.864.675, com destaque para a bauxita não calcinada (minério de alumínio). No modal aéreo, o aeroporto internacional de Guarulhos (SP) escoou US$ 181.677.542 em produtos paraenses, entre os quais, bulhão dourado (ouro bruto).

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