Prevenção do suicídio
Evento sobre prevenção do suicídio debate desafios no aumento de casos entre povos indígenas e na população jovem do Brasil
De 8 a 10 de agosto, Brasília (DF) recebe o V Congresso Brasileiro de Prevenção do Suicídio com
a participação de especialistas nacionais e internacionais para discutir o tema ‘Suicídio:
Complexidade e Urgências na Cena Contemporânea’. O evento foi pensado para que todos
possam participar, seja presencialmente ou online.
Mais de 15.500 pessoas morreram no Brasil, em 2021, em decorrência de suicídio, o que significa
uma morte a cada 34 minutos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste ano.
Os dados oficiais mostram aumento dos índices de suicídio na população mais jovem e, também,
entre os povos indígenas. Além de apontar a Região Sul do país com a maior taxa de mortalidade
por suicídio, sendo que o Rio Grande do Sul é o estado com o índice mais alto de mortes por
essa causa.
Todos esses temas e como o Brasil está enfrentando os desafios da implantação de políticas
públicas para prevenção do suicídio no Brasil, serão debatidos durante o V Congresso.
As inscrições para o evento devem ser feitas por meio da plataforma Even3
(www.even3.com.br/abeps24). O V Congresso Brasileiro de Prevenção do Suicídio é realizado
pela Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS) (abeps.org.br).
Suicídio nos povos indígenas
As informações oficiais mais recentes sobre suicídio no Brasil constam no Boletim
Epidemiológico ‘Panorama dos suicídios e lesões autoprovocadas no Brasil de 2010 a 2021‘, do
Ministério da Saúde.
Os dados mostram elevada carga de suicídios entre indígenas em relação a outros grupos raciais.
Em 2021, o suicídio representou 2,9% do total de óbitos nessa população: entre homens
indígenas o índice foi de 3,8% e, entre as mulheres indígenas, 1,62%, segundo dados do
Ministério da Saúde.
Este tema será abordado na quinta-feira (8), na mesa redonda ’Suicídio nos povos indígenas ‘,
com a participação de Carlos Felipe D’Oliveira, médico e presidente da Associação Brasileira de
Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS); de Daniel Canavese, do Ministério dos Povos
Indígenas; de Akemi Kamimura, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS); Nita
Tuxá, do Conselho Federal de Psicologia; e de representante do Ministério da Saúde.
Na sexta-feira (9), uma conferência conduzida por André Baniwa vai tratar do ‘Bem viver
indígena e o sofrimento dos jovens na diversidade cultural ‘. Autor de livros que trazem reflexões
sobre o modo de vida indígena, Baniwa é uma das mais antigas lideranças indígenas atuando noAlto Rio Negro, no Amazonas, e estará presencialmente no Congresso.
Jovens e influência das Redes Sociais
A Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS) também chama a atenção
para o alto índice de suicídios entre adolescentes e jovens. Em 2021, essa foi a terceira maior
causa de mortalidade entre adolescentes de 15 a 19 anos, ficando atrás apenas de mortes por
agressões e acidentes de transporte. Na faixa entre 20 e 29 anos, o suicídio aparece como a
quarta maior causa de mortalidade, segundo o Ministério da Saúde.
Serão diversos momentos para tratar desse tema, com destaque para a conferência de
encerramento do Congresso, no sábado (10), sobre ‘Tecnologia e prevenção do suicídio: para
onde estamos indo?’. Referência no assunto, a psicóloga e diretora científica da ABEPS, Karen
Scavacini, conduzirá as reflexões.
Entre as várias contribuições para a temática de prevenção do suicídio no Brasil e no exterior,
destacamos que Karen Scavacini integra o conselho científico do Centro de Valorização da Vida
(CVV), o comitê de autolesão e prevenção do suicídio da Meta, além de ser criadora da Rede
Saúde Mental do Tiktok e do site Mapa da Saúde Mental.
Prevenção do suicídio no mundo
No sábado (10), os participantes do Congresso terão a oportunidade de aprofundar seus
conhecimentos sobre como outros países enfrentam os desafios de prevenção do suicídio. Duas
referências internacionais na temática vão conduzir, de forma online, os debates: o presidente
da Associação Internacional de Prevenção do Suicídio, Rory O’Connor, e o psiquiatra Mark
Sinyor.
Rory O’Connor lidera o Laboratório de Pesquisa de Comportamento Suicida da Universidade de
Glasgow, na Escócia, um dos principais grupos de pesquisa sobre suicídio e autolesão
internacionalmente. Em seu vasto currículo, também estão publicações sobre os processos
psicológicos que precipitam o comportamento suicida e a automutilação.
Mark Sinyor, é psiquiatra do Sunnybrook Health Sciences Center e professor associado da
Universidade de Toronto, no Canadá. Ele é o autor principal das recomendações da Associação
Psiquiátrica Canadense para reportagens responsáveis da mídia sobre suicídio. É o criador e
responsável pela aliança mundial ’Partnership for life‘ para prevenção do suicídio.
Sobre o Congresso
O V Congresso Brasileiro de Prevenção do Suicídio será realizado presencialmente no auditório
do Parlamundi/LBV, na Asa Sul, em Brasília (DF). O espaço é de fácil localização, amplo e
confortável para receber todos os inscritos no evento.
Também há possibilidade de acompanhar parte da programação online, também mediante
inscrição. Saiba como participar em abeps.org.br.
O evento tem o apoio do Instituto Vita Alere, da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), do
Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, da Associação Internacional
para Prevenção do Suicídio, da Associação Brasileira dos Sobreviventes Enlutados por Suicídio e
da Associação Brasileira Multiprofissional sobre o Luto.
PROCESSO SELETIVO
Curso gratuito capacita profissionais para o mercado de som no cinema e audiovisual, em Palmas
O curso gratuito de Introdução ao Som no Cinema e no Audiovisual, realizado em parceria com a Unitins, campus Graciosa, em Palmas, preencheu todas as 15 vagas disponíveis, entre profissionais e interessados que querem trabalhar com som em produções audiovisuais, aprendendo técnicas desde o som direto e edição até a mixagem.
A capacitação foi liderada pelo premiado técnico de som direto e pós-produtor de som, Victor Jaramillo, que integrou a equipe mixagem do filme “Marighella”, de Wagner Moura, e de séries para os canais Netflix, HBO, TV Globo e Fox. Destacou-se a presença marcante de mulheres, que foram a maioria das participantes do curso, em uma área predominantemente masculina.
De acordo com o responsável pelo projeto, Diogo Bonadiman Goltara, a formação surgiu da necessidade de capacitação da cadeia do som no audiovisual tocantinense. “Não há precedentes, no estado, de um curso presencial, teórico e prático, com profissional de tamanha relevância, como o Victor Jaramillo, no campo do som para o audiovisual. Com ele os participantes puderam ter acesso a processos, ferramentas, abordagens, estéticas e possibilidades narrativas”, ressaltou Goltara, ao afirmar que o curso comprovou a necessidade de uma formação continuada na área, dado a enorme procura.
Realizado pelo Estúdio Estiagem, o curso é uma das ações do projeto Formação e Capacitação em Som para Audiovisual no Tocantins, contemplado pela Lei Paulo Gustavo (Secult/ Fundação Cultural). A formação também contou com vagas e acessibilidade para PCDs.
Contrapartida
A capacitação também é uma contrapartida do longa metragem “Apoio Cultural”, um projeto realizado por Jubalina Produções, Círculo Filmes e Estúdio Estiagem e apoio do Centro de Imagem e Som – CIM, contemplado no edital nº 23/2023 – Audiovisual Tocantins, da Lei Complementar nº. 195 – Lei Paulo Gustavo, Estado do Tocantins.
Estúdio Estiagem
Inaugurado em 2021 por Diogo Bonadiman Goltara, o Estúdio Estiagem é uma organização que atua no som para o cinema e para o audiovisual em todas as suas etapas. O estúdio tem vasta experiência na captação de som para filmes e de sons ambientes, além de também atuar na pós-produção. Entre os trabalhos realizados, destacam-se o Som Direto no filme Crowrã, A Flor do Buriti (2023), premiado no Festival de Cinema de Cannes (2023), para o qual também atuou no foley e no ADR; Som direto e edição de som para o filme Entramas (em fase de finalização); Som Direto e direção de som do filme Apoio Cultural (em fase de finalização).
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