O início de um novo ano carrega a energia dos recomeços, inspirando novas ideias e oferecendo a chance de transformar sonhos em realidade. Para muitos, esse é o momento ideal para tirar planos do papel e dar vida a negócios próprios, unindo paixão e propósito em busca de oportunidades em mercados promissores. Esse desejo de empreender também reflete uma tendência nacional que segue em crescimento, destacando a força e a resiliência do empreendedorismo no país.

Segundo a pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM) 2023, realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), o Brasil registrou, no último ano, 90 milhões de empreendedores ou potenciais empreendedores. Deste total, 42 milhões de adultos, entre 18 e 64 anos, já tinham um negócio ou deram passos concretos para abrir um. Além disso, outros 48 milhões planejavam iniciar um empreendimento nos próximos três anos.

Abrir um CNPJ parece um desafio a princípio, porém é mais simples do que parece. Tudo começa com a escolha do formato de empresa: será um microempreendedor individual (MEI), ideal para quem está começando pequeno e deseja simplicidade na gestão? Ou uma microempresa, que oferece mais flexibilidade e permite voos mais altos desde o início? Essa decisão determina os próximos passos e a rota que a pessoa trilhará no mundo dos negócios.

Para quem optar pelo MEI, o processo é ágil e pode ser feito de forma gratuita pelo Portal do Empreendedor. É uma escolha prática para quem deseja formalizar o trabalho com benefícios, como emissão de notas fiscais e acesso a direitos previdenciários, lembrando que nem todas as profissões ou atividades são permitidas ao MEI. Já no caso das microempresas, é importante contar com a orientação de um contador, que ajudará a definir a natureza jurídica, organizar as atividades econômicas e reunir os documentos necessários para oficializar o negócio.

“Construir um pequeno negócio e não formalizá-lo atrasa o desenvolvimento da empresa. A regularização é importante para que a empresa seja reconhecida, gere confiança e passe segurança para os consumidores e a sociedade em geral”, esclarece a consultora especialista em assuntos regulatórios da Contabilizei, Juliana Ribas.

Passo a passo para abrir um CNPJ

1. Definir o tipo de empresa: avaliar o porte do negócio e decidir entre MEI, ME ou outros formatos empresariais;

2. Escolher a natureza jurídica: a estrutura legal da empresa será a base para as responsabilidades fiscais e operacionais;

3. Identificar as atividades da empresa: determinar quais produtos ou serviços serão oferecidos, usando a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas);

4. Organizar os documentos: RG, CPF, título de eleitor ou último recibo do IRPF, comprovante de endereço e dados do local de funcionamento são indispensáveis;

5. Contratar um contador: especialmente no caso de microempresas, um profissional de contabilidade é essencial para garantir a regularidade do processo.

Abrir um CNPJ é mais do que uma formalidade; é o primeiro passo para transformar sonhos em realidade. Não importa se a ideia nasceu em uma mesa de jantar ou foi o resultado de meses de planejamento, o mais importante é agir. “Empreender exige coragem, mas também traz uma satisfação única: a de ver uma ideia ganhar forma e espaço no mercado. Por isso, a organização é fundamental e o apoio de profissionais gabaritados também”, destaca Juliana.

Este pode ser o ano de escrever um novo capítulo na história. Tirar os planos do papel e começar a construir um futuro de realizações e sucesso. Afinal, todo grande negócio começou exatamente onde a maioria das pessoas que pretendem abrir um negócio está agora: no primeiro passo.