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MPE pede para Amastha anular leis que doaram lotes públicos de Palmas a instituições ligadas a igrejas

O Ministério Público Estadual emitiu recomendação ao prefeito de Palmas, Carlos Amastha orientando que seja declarado nulo ou inválido leis que efetuaram a doação de 21 lotes públicos a 12 entidades de direito privado.

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O Ministério Público Estadual (MPE) emitiu recomendação ao prefeito de Palmas, Carlos Amastha, nesta quarta-feira, 20, orientando que seja declarado nulo ou inválido um conjunto de leis que efetuaram a doação de 21 lotes públicos a 12 entidades de direito privado, vinculadas a instituições religiosas.

A justificativa do MPE é de que os lotes são legalmente destinados à instalação de equipamentos públicos comunitários, como postos de saúde, creches, unidades policiais e praças, entre outros, não podendo ter sua finalidade alterada nem ser objeto de doação, segundo determina a Lei Federal nº 6.766/79 (Lei de parcelamento do solo). Tratam-se, portanto, de bens de uso comum do povo e caberia ao município zelar para que esta finalidade urbanística não seja desvirtuada.

Também é sustentado pelo Ministério Público que as doações dos imóveis públicos, sem a observância dos princípios constitucionais e das normas legais, configuram grave lesão ao erário. Os lotes doados têm dimensão entre 1.000 metros quadrados e 13.355 metros quadrados.

O MPE também considera que, ainda que as áreas não fossem destinadas a equipamentos comunitários, jamais poderiam ter sido doadas da forma como ocorreu, sem o devido e prévio processo licitatório, o que contraria a Lei Federal nº 8.666/93.

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O documento cita que diversas outras doações de lotes públicos foram realizadas pela Prefeitura de Palmas para associações de direito público em dezembro de 2015, sempre sem licitação e sem  justificativa de interesse público. Ao todo, foram 39 lotes doados a 24 entidades, que juntos somam 87.340 metros quadrados, equivalente ao tamanho de oito estádios de futebol.

Projetos
A recomendação ao chefe do Executivo foi expedida pelo Promotor de Justiça Edson Azambuja, que atua na área de defesa do patrimônio público, após meses apurando o caso.

Ele relata que os 12 projetos de lei que viabilizaram as doações foram enviados à Câmara Municipal “no apagar das luzes de 2015”, na segunda quinzena do mês de dezembro. Na Casa de Leis, os projetos “tramitaram em velocidade inigualável”, sendo aprovados em duas comissões e em votação plenária no intervalo de apenas três dias, segundo relata a recomendação.

Ainda é acrescentado que os projetos de lei eram desprovidos de justificativas plausíveis sobre o interesse público das doações, além de não conterem laudo de avaliação dos imóveis nem, tampouco, processos de licitação.

Após aprovados, os projetos deram origem às leis complementares municipais nº 331, 332, 333, 334, 335, 336, 337, 338, 339, 340, 341 e 352, todas publicadas na data de 28 de dezembro de 2015.

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Anulação ou revogação
A recomendação expedida pela 9ª Promotoria de Justiça da Capital cita que a doação das áreas públicas fora dos termos legais pode configurar ato de improbidade administrativa, acrescenta que  o gestor público possui poderes para anular ou revogar seus atos e requer que sejam tomadas providências referentes aos fatos no prazo de 15 dias.

Na hipótese de o administrador público se manter inerte e não atender a recomendação, o Ministério Público poderá adotar as medidas judiciais cabíveis.

Beneficiadas
Os lotes públicos foram destinados pelas leis complementares à Associação Ministério Servo da Orelha Furada, Associação Meninas de Deus, Associação Casa de Recuperação e Reeducação (Crer), Associação Resgate Cidadã, Instituto Vida, Associação Beneficente Mundial em Chamas, Associação de Assistência e Valorização da Vida, Associação O.B.P.C Brasil para Cristo, Associação Tocantinense de Ordem Social, Instituto de Desenvolvimento Humano e Moradia Popular Canaã e Mitra Arquidiocesana de Palmas, além da Grande Loja Maçônica do Estado do Tocantins.

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Parlamentares aprovam requerimentos em diversas áreas

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Votos de aplausos, disponibilização de sinal de internet, aluguel
social, estágio de curta duração, dentre outros assuntos foram assuntos
abordados nos requerimentos aprovados pelos deputados estaduais em
sessão ordinária realizada na Assembleia Legislativa do Tocantins
(Aleto), na tarde desta quarta, 30.

Dentre os requerimentos, está o de autoria do presidente Amélio Cayres
(Republicanos) que concede Votos de Aplausos para a cineasta
tocantinense, Eva Pereira, pelos prêmios que seu filme “O Barulho da
Noite”, tem recebido em festivais. Ainda de Amélio Cayres, foi aprovado
requerimento a ser enviado ao Executivo e à Operadora Vivo, com o
objetivo de disponibilizar sinal de telefone e internet ao povoado Vinte
Mil, no município de Carrasco Bonito.

Da deputada Luana Ribeiro (PCdoB), foi aprovado um requerimento de Votos
de Aplausos em honra aos 18 anos de vigência da Lei Maria da Penha,
comemorado no dia 7 de agosto. A parlamentar também solicitou a
apresentação de Projeto de lei Complementar, visando regulamentar o
parágrafo 5º do artigo 116 da Constituição Estadual;

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O deputado Leo Barbosa (Republicanos) apresentou cinco requerimentos. Um
deles, solicitando manutenção e encascalhamento da estrada vicinal que
liga o povoado Príncipe à TO-280, no trecho entre Natividade e São
Valério. Em outro, solicitou asfalto do pátio do Hospital Regional de
Dianópolis.

A apresentação de um projeto de lei ao Executivo, sugerindo uma campanha
permanente de monitoramento digital contínuo de glicemia em crianças e
adolescentes com diabetes mellitus tipos 1 e 2 no estado foi requisitada
pelo deputado Eduardo Mantoan (PSDB).

Com base no Regimento Interno da Casa, Mantoan propôs à Mesa Diretora da
Aleto a apresentação de um Projeto de Resolução, visando implementar um
Programa de Estágio de Curta Duração na Assembleia.

Outros Requerimentos

Gutierres Torquato (PDT), um solicitando doação de carteiras escolares
para escolas da região de Aragominas; e outro solicitando doação de
veículo para atender escolas de Araguaína;

. Jair Farias (UB), solicitando ampliação do sinal de telefonia celular
e internet para o povoado Passarinho, município de Tocantinópolis; e
requerendo estudo de viabilidade e a construção de trevo rodoviário na
TO-181, na altura da estrada vicinal que dá acesso ao distrito de
Baianópolis, em Araguaçu;

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. Luciano Oliveira (PSD), solicitando Votos de Aplausos ao Colégio
Militar de Guaraí pela conquista do 1º lugar na avaliação do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB);

. Marcus Marcelo (PL), requerendo o encascalhamento de trecho na TO-422,
que liga o Distrito Industrial ao Núcleo de Produtores Agrícolas de
Araguaína;

. Moisemar Marinho (PSB), pedindo audiência pública para debater o
déficit de médicos legistas em Guaraí e nas demais cidades do Estado;

. Wiston Gomes (PSD), solicitando a reforma do Colégio Estadual Irmãos
Filgueiras, em São Bento do Tocantins.

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