Mandados
Polícia Civil Cumpre Mandados Contra Policiais da Rotam Suspeitos de Homicídio e Simulação de Confronto em Palmas
Nesta terça-feira (15), a Polícia Civil do Tocantins realizou uma operação para cumprir mandados de prisão contra cinco policiais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), suspeitos de envolvimento em um homicídio e na simulação de um confronto armado. A ação teve como foco apurar a morte de um jovem no Jardim Aureny III, em Palmas, onde, segundo as investigações, os agentes teriam forjado uma troca de tiros para justificar a execução.
Um dos investigados também é um agente da Guarda Metropolitana, que estaria envolvido na tentativa de criar uma cena de tiroteio para acobertar o crime. Conforme informações preliminares, os suspeitos teriam colocado uma arma ao lado da vítima após o ocorrido, buscando simular um confronto e legitimar a ação policial.
Operação e Medidas Cautelares
Os policiais envolvidos no caso já estavam afastados de suas funções de patrulhamento por determinação judicial. Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou medidas cautelares rigorosas, como o recolhimento de todas as armas dos suspeitos e a suspensão dos seus portes de arma. Os investigados também deverão utilizar tornozeleiras eletrônicas enquanto o caso segue em investigação.
A operação faz parte de um esforço contínuo das autoridades para assegurar que condutas irregulares, especialmente por parte das forças de segurança, sejam devidamente investigadas e punidas. A ação tem como objetivo reforçar a confiança da sociedade no sistema de justiça e na transparência dos processos investigativos.
Desdobramentos
As investigações continuam em andamento e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias. A apuração busca esclarecer todos os detalhes do envolvimento dos suspeitos no crime e garantir que os responsáveis sejam responsabilizados por eventuais abusos de poder.
O caso levanta importantes questões sobre a atuação de forças policiais em situações de confronto e a necessidade de maior controle sobre o uso da força letal, especialmente em áreas vulneráveis. A sociedade aguarda o resultado final das investigações com expectativa de justiça e transparência.
POLÍCIA
Ministério Público do Tocantins deflagra Operação Espórtula contra esquema de corrupção na Delegacia Regional da Fazenda em Araguaína
Na manhã desta quinta-feira, 28, o Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com apoio da polícia civil, deflagrou a Operação Espórtula, que visa combater um esquema de corrupção envolvendo servidores públicos na Delegacia Regional da Fazenda em Araguaína. A ação contou com o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Araguaína e Brasília, autorizados pela Justiça.
A investigação teve início com base em uma denúncia encaminhada por um advogado de uma das vítimas e revelou um esquema de extorsão em que servidores públicos superfaturavam deliberadamente o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) de contribuintes, especialmente em imóveis rurais. Posteriormente, o grupo oferecia reduzir o valor do imposto mediante pagamento de propina, utilizando o termo “merenda” como código para as negociações ilícitas. Caso a propina fosse recusada, os investigados retaliavam os contribuintes com cobranças indevidas, paralisação de processos e outros entraves burocráticos.
As investigações revelaram movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos declarados pelos envolvidos, indicando enriquecimento ilícito e possível lavagem de dinheiro. Também foram identificados diálogos comprometedores entre os membros do esquema, confirmando a prática de crimes.
Durante a operação, documentos, computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos foram apreendidos, com autorização para obtenção de dados armazenados em nuvem. As equipes do Ministério Público seguiram protocolos rigorosos para garantir a preservação das evidências, que serão analisadas para aprofundar as investigações.
O nome da operação, Espórtula, faz referência a um termo da Roma Antiga usado para designar gratificações ou ofertas, remetendo à prática de propinas identificada no caso.
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