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Eurípedes Lamounier é empossado para presidência da nova gestão do Tribunal de Justiça

Ronaldo Eurípedes passou o cargo ao desembargador Eurípedes Lamounier, que assume a gestão para o biênio 2017/2019

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O Plenário do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) realizou, na tarde desta quarta-feira (1º/2), sessão solene de posse do desembargador Eurípedes Lamounier na presidência do Tribunal e do desembargador José de Moura Filho na Vice-Presidência. Ao ser empossado, o novo presidente propôs o “Pacto pela Produtividade”, como diretriz da nova gestão. O pacto é um esforço conjunto para melhorar os índices processuais e ampliar o fortalecimento e crescimento institucional do Judiciário Tocantinense.

 

“Proponho que desenvolvamos esforços contínuos no cumprimento de nossas funções e objetivos, imbuídos do mais alto grau de comprometimento, não somente para cumprimento das metas estabelecidas aos órgãos jurisdicionais externa ou internamente, mas, sobretudo, porque devemos à sociedade tocantinense, a disponibilização de uma Justiça de acesso amplo, célere, humanizada e efetiva, conforme nos comanda e exige a nossa Constituição Cidadã de 1988”, afirmou Eurípedes Lamounier, em seu discurso de posse. A produtividade é um dos vários índices avaliados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao avaliar o desempenho de cada tribunal para o ranking Justiça em Números, publicado anualmente.

 

Gestão aberta e parceira
No início do discurso, o presidente relembrou sua trajetória como servidor público no cargo de Comissário de Polícia, promotor de Justiça, juiz e titular da Corregedoria, posto que deixa para assumir o comando do TJTO. “Saio convicto que colaborei para a melhoria e a eficiência que se espera de tão vital Órgão à estrutura do Poder Judiciário, atingindo plenamente seus elementares fins institucionais”, afirmou.

 

Ao analisar o desafio de gerir o Poder Judiciário do Estado do Tocantins, pelos próximos dois anos, o presidente se comprometeu a fazer uma administração aberta. “Dizem ser o presidente ‘um homem solitário’. Não pretendo fazer jus a esta máxima. Quero registrar que teremos uma gestão aberta, participativa e democrática, pautada pelo debate, equilíbrio e conciliação, priorizando, sempre, os interesses do Tribunal e, a toda evidência, dos jurisdicionados, que são os beneficiários e a razão de ser da nossa instituição”, afirmou.

 

Lamounier também frisou que ouvirá seus pares no TJTO, aos quais hipotecou  a “disposição de compartilhamento de ideias e ações”, para concretizar “o engrandecimento e fortalecimento do Poder Judiciário tocantinense”. Também disse que irá dedicar atenção aos magistrados de 1º grau, para os quais garantiu diálogo e “disposição de ouvi-los e de ajudar no que possível e necessário, para melhor exercício de suas atividades”.

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Aos demais poderes, órgãos e instituições integrantes do sistema de Justiça, o desembargador deixou uma mensagem para “convivência harmoniosa e respeitosa” e pediu “suporte e parceria”. “Muitas das questões que se põem ao enfrentamento demandam iniciativas, debates e esforços em conjunto, inclusive as problemáticas que exigem ações urgentes, significativas e eficazes, a bem de nossas instituições e da sociedade tocantinense”, ressaltou, citando o Poder Executivo, o Poder Legislativo, , Ministério Público Estadual, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil.

 

“Nesse contexto de aprimoramento dos serviços públicos administrados pelo Poder Judiciário, hipoteco meu desejo de estreitamento da relação com essas gloriosas instituições, mediante participação ativa e colaborativa no trato das relevantes questões de interesse comum”, completou.

 

Sistema prisional
O presidente citou a crise no sistema prisional para ilustrar um campo onde vai buscar diálogo e parcerias para atuação do Judiciário. “O cenário prejudicial não pode nos inibir de iniciativas, de ações imediatas para se debelar a barbárie instalada no sistema prisional”, disse, ao defender uma “comunhão de esforços” entre órgãos, poderes e instituições.

 

“Precisamos agir e minimizar os riscos de extremização dos conflitos carcerários também no Estado do Tocantins. A superlotação das casas prisionais tocantinenses, com quase 2000 vagas de déficit, o excessivo número de presos provisórios e a morosidade para julgamento das ações penais, são temas que demandam que nos debrucemos de pronto, nessa gestão”, afirmou.

 

Outros desafios
Entre os demais desafios da gestão, o desembargador ressaltou a redução da taxa de congestionamento de processos como uma de suas prioridades. “A redução da taxa de congestionamento de processos se apresenta como prioridade absoluta, e será tratada com todo rigor e determinação pela gestão. Essa tarefa passa por diversas frentes, a começar pela atenção prioritária ao primeiro grau de jurisdição, que suporta a maioria maciça da quantidade de processos em tramitação”, discursou.

 

O presidente também defende a conciliação e mediação como norte para “uma política judiciária que almeje eficiência”. Para o desembargador, a gestão pretende “emprestar especial enfoque” às atividades e programas de conciliação e mediação como medida preventiva para reduzir, de forma efetiva, a judicialização dos conflitos.

 

Servidores
Ao se dirigir aos servidores do Judiciário, o presidente frisou que os propósitos de crescimento e fortalecimento do Judiciário não terão êxito sem a “participação efetiva” dos recursos Humanos. Para o presidente, os servidores “têm papel preponderante nos desafios” e serão “igualmente protagonistas” na execução das prioridades da gestão. “A valorização persistirá, mas a contrapartida deverá acompanhá-la, e tenho a convicção de que haverá”, afirmou.

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Princípios
O presidente também destacou os princípios constitucionais que irá empregar para fortalecer a instituição que comandará pelos próximos dois anos. “A imparcialidade, a prontidão, a segurança e o refúgio jurídico são valores que a sociedade espera de nós, e devemos isso aos jurisdicionados, independente de sua condição social, econômica e intelectual”, disse, ao conclamar servidores e magistrados para buscar crescimento e cultura. “Não deixemos, senhores magistrados e servidores da Justiça, de nos aprimorar, de enriquecer nossos conhecimentos, nossa cultura jurídica, porque disso depende também a prestação jurisdicional de qualidade, que não pode ficar restrita a objetivos abstratos ou discursos sem reflexos concretos em nosso cotidiano forense”.

 

“A magistratura exige uma elevação de quem nela se investe. Não do ego ou da autoadoração. Não somente técnico ou profissional. Mas sim, de espírito civil e humano, também. O trato com as partes, a cordialidade com os advogados, promotores, defensores e procuradores. O ouvir e o refletir devem preceder o decidir. Sempre”, concluiu.

 

Autoridades
Participaram da sessão solene o governador Marcelo Miranda, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Carlesse, o procurador-geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (Seccional Tocantins), Walter Ohofugi Júnior, a presidente da Associação dos Magistrados do Tocantins (Asmeto), juíza Julianne Freire Marques, O arcebispo metropolitano de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães, o defensor Público eleito Murilo da Costa Machado, a vice-governadora Claudia Lelis, o desembargador aposentado Daniel Negry, entre outras autoridades.

 

Pela corte judicial, exceto o desembargador Luiz Gadotti, que não compareceu por se encontrar em licença médica, todos os integrantes do Tribunal Pleno participaram da primeira sessão: os desembargadores João Rigo Guimarães, Etelvina Maria Sampaio Felipe, Maysa Vendramini Rosal, Helvécio de Brito Maia Neto, Eurípedes Lamounier, Ronaldo Eurípedes, Ângela Prudente, Jacqueline Adorno, Marco Villas Boas  e José de Moura Filho.

 

GESTÃO BIÊNIO 2017-2019

Eurípedes Lamounier
Presidente 

José de Moura Filho
Vice-presidente 

Helvécio de Brito Maia Neto
Corregedor-geral 

João Rigo Guimarães 
Vice-corregedor

Ângela Prudente
Ouvidora judiciária

Jacqueline Adorno
Ouvidora substituta

Marco Villas Boas 
Diretor da Esmat

Etelvina Maria Sampaio Felipe 
Diretora adjunta da Esmat

 

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TRE-TO rejeita ação contra Governador Wanderlei Barbosa por falta de provas

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O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) decidiu na terça-feira, 15, pela improcedência da Ação Judicial de Investigação Eleitoral (Aije) movida pela coligação do senador Irajá Abreu (PSD) contra o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e seu vice, Laurez Moreira (PDT).

A ação, que acusava suposto abuso de poder político nas eleições de 2022, buscava a cassação dos mandatos, alegando o uso indevido de servidores públicos e da estrutura da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) na campanha eleitoral do governador.

De acordo com o relator do processo, o desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, que não houve violação da legislação eleitoral nem propaganda em período vedado. Ele destacou que o envio de releases (matérias jornalísticas) pela Secom aos veículos de comunicação não configura abuso de poder político, pois o governo não tem controle sobre a publicação ou garantia de que o conteúdo será veiculado conforme sua vontade.

Além disso, o desembargador considerou que os autores da ação não apresentaram provas suficientes para sustentar a acusação de uso de servidores públicos na campanha. Ele ressaltou que a participação dos servidores fora do horário de expediente é permitida.  A decisão foi unânime contra a cassação e inelegibilidade, já a votação por multa foi de 6 x 1 contra a sanção eleitoral.

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O desembargador concluiu afirmando que a falta de evidências robustas das supostas irregularidades torna inviável a aplicação de sanções. A decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO)  reafirma a integridade da campanha do governador Wanderlei Barbosa e fortalece sua posição no cenário político do estado. A ausência de evidências robustas das supostas irregularidades tornou inviável a aplicação de sanções, proporcionando ao governador uma importante vitória legal.

Processo sobre contratos temporários arquivado

Nesta primeira quinzena de maio, este é o segundo processo julgado improcedente pelo Tribunal Eleitoral. Na última semana, o Ministério Público Eleitoral proferiu uma decisão absolvendo os candidatos Wanderlei Barbosa Castro e Laurez da Rocha Moreira da acusação de abuso de poder político durante as eleições de 2022.

A ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) movida por Irajá Silvestre Filho e pela Coligação “O Futuro é Pra Já” questionava as contratações temporárias realizadas durante o período eleitoral.

Segundo os autores da ação, Wanderlei Barbosa teria utilizado as contratações temporárias em sua campanha à reeleição para o cargo de Governador do Estado do Tocantins. No entanto, o Ministério Público Eleitoral concluiu que não houve comprovação suficiente de abuso de poder político por parte dos investigados.

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A defesa dos candidatos destacou a necessidade das contratações para suprir demandas essenciais da administração pública, especialmente nas áreas de saúde e educação. Documentos apresentados pelo Estado do Tocantins evidenciaram que as contratações foram realizadas para atender às crescentes demandas por serviços públicos.

Diante da análise dos fatos e da falta de evidências de conduta eleitoreira nas contratações temporárias ocorridas em 2022, a ação de investigação judicial eleitoral foi dada como improcedente e solicitado o arquivamento da denúncia.

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