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Agronegócio Sustentável

Laurez Moreira anuncia mutirão ambiental e pacote de ações para fortalecer o agronegócio tocantinense

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Em um movimento estratégico para fortalecer o agronegócio e impulsionar o desenvolvimento sustentável do Tocantins, o governador Laurez Moreira anunciou, nesta terça-feira (7), uma série de medidas voltadas à regularização ambiental, à assistência técnica e à valorização dos pequenos produtores rurais.

Durante a reunião com representantes do setor, realizada no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, em Palmas, Laurez apresentou um plano que combina gestão fiscal responsável, incentivos produtivos e reestruturação institucional, buscando equilibrar crescimento econômico e preservação ambiental.

Gestão eficiente e foco na produção

O governador iniciou destacando as ações adotadas nos primeiros meses de gestão, com redução de gastos de custeio e redirecionamento de investimentos para infraestrutura e apoio produtivo.

“Vamos estabelecer o limite de 20% de recursos para custeio e aplicar o restante em obras e programas que gerem desenvolvimento real. Também determinei a contratação de 100 técnicos para o Ruraltins, a fim de reforçar a extensão rural e oferecer assistência técnica aos médios e pequenos produtores”, afirmou Laurez.

A medida visa ampliar a capacidade do Ruraltins (Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins) de atender produtores que, historicamente, têm dificuldades de acesso à tecnologia e à orientação técnica — elementos fundamentais para o aumento da produtividade e a sustentabilidade das propriedades rurais.

Mutirão ambiental e novo modelo de sustentabilidade

Um dos principais anúncios foi a criação de um mutirão de regularização ambiental, que pretende destravar mais de 4,6 mil processos pendentes. A iniciativa envolve a terceirização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a revisão do programa RED+, responsável pela compensação por redução de emissões de carbono.

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Laurez explicou que a venda de créditos de carbono foi suspensa a partir de 2024, até que o tema seja amplamente discutido com o setor produtivo e ambiental.

“Queremos um modelo de compensação que seja justo, transparente e beneficie principalmente os pequenos agricultores. Também assinaremos com a ONU o projeto Florestas Mais, que deve contemplar mais de mil produtores”, destacou.

Outra medida importante foi a decisão de retirar o projeto do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Assembleia Legislativa para uma revisão técnica conjunta com as entidades do setor, com prazo de 60 dias para atualização e reenquadramento das diretrizes.

Diálogo e transparência com o setor produtivo

A reunião contou com a presença de mais de 30 lideranças do agronegócio tocantinense, representando associações e sindicatos rurais de diferentes regiões. O encontro, marcado por um tom de cooperação, evidenciou o novo formato de gestão participativa que Laurez pretende consolidar.

O secretário de Agricultura e Pecuária, César Halum, classificou o encontro como um marco de diálogo produtivo.

“Os produtores se sentiram valorizados. Questões sensíveis como o RED+ foram pacificadas e agora avançamos com segurança jurídica. Essa aproximação entre governo e produtores fortalece o Tocantins como potência agroambiental”, afirmou.

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Já o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Divaldo Rezende, ressaltou o caráter técnico e transparente da reunião.

“A regularização ambiental e fundiária é um pilar para o futuro do agro tocantinense. O governo está estruturando equipes e ferramentas para garantir agilidade e segurança nos processos”, pontuou.

Produtores destacam confiança e alinhamento

As lideranças do setor produtivo também reconheceram o gesto de abertura do governo. O presidente da Aprobico, Luciano Vilela, destacou a importância do diálogo direto:

“Foi uma oportunidade de mostrar nossas demandas regionais e ver que o governo está disposto a agir com rapidez e eficiência.”

Na mesma linha, Wagner Borges, presidente do Sindicato Rural de Araguaína, ressaltou a sensibilidade do governador em lidar com pautas urgentes:

“Foi uma reunião extremamente produtiva. Laurez demonstrou transparência e comprometimento com a regularização ambiental e fundiária, pilares da segurança jurídica para quem produz.”

Para Paulo Corazzi, da Aproest, a iniciativa simboliza mais do que uma agenda de reivindicações — representa a construção de uma parceria duradoura entre governo e setor produtivo.

“A reunião não foi apenas sobre demandas, mas sobre confiança. Estamos juntos na construção de um Tocantins mais forte e sustentável”, concluiu.

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AGRONEGÓCIO

O avanço político do agronegócio tocantinense rumo a 2026

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O movimento do agronegócio tocantinense para ocupar espaço político nas eleições de 2026 revela uma mudança estrutural de estratégia. Se antes o setor limitava sua influência às articulações de bastidores, hoje demonstra a intenção de entrar diretamente na arena eleitoral, buscando protagonismo e representatividade própria.

A insatisfação com a chamada “representatividade indireta” — políticos urbanos que apenas se aproximam do setor em períodos eleitorais — impulsiona uma nova fase de maturidade política no agro. O objetivo é claro: transformar o poder econômico em poder institucional, garantindo que as decisões sobre tributação, crédito rural, regularização ambiental e infraestrutura sejam tomadas com a presença efetiva de quem vive e produz no campo.

Entidades como Aprosoja, Faet e sindicatos rurais têm se tornado centros de articulação, e nomes como Maurício Buffon, Paulo Carneiro, Wagner Borges e Dari Fronza despontam como lideranças capazes de representar essa nova vertente política. A convergência de lideranças produtivas e empresariais em torno de um projeto comum sinaliza uma tentativa de institucionalizar a força do agro, ampliando sua atuação para além do econômico.

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Essa movimentação, no entanto, carrega desafios significativos. O primeiro é a transição do discurso técnico para o político, algo que exige narrativa, empatia e capacidade de diálogo com diferentes públicos — urbanos e rurais. Outro ponto é a viabilidade eleitoral, pois transformar prestígio setorial em votos exige capilaridade e alianças estratégicas.

Ainda assim, o cenário aponta para um reposicionamento inédito do agronegócio tocantinense, que busca construir uma identidade política própria, ancorada na legitimidade da produção e no discurso de eficiência e desenvolvimento sustentável. Se conseguir equilibrar técnica e política, o agro pode não apenas eleger representantes, mas inaugurar um novo ciclo de influência no Estado, em que o campo deixa de ser apenas motor econômico para se tornar ator central das decisões públicas.

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