Mineração
Um breve relato sobre a mineração no Tocantins
O Estado do Tocantins se destaca no cenário brasileiro pelo seu potencial mineral, principalmente com o calcário, agregados da construção civil e cerâmica. As mineralizações que ocorrem em quase todo o Estado, foi reforçada agora com o potencial de depósitos polimetálicos no município de Palmeirópolis.
A existência de jazidas de Au (OURO) no Tocantins vem se destacando pela exploração na região sudeste, principalmente no município de ALMAS, como a empresa AURA Minerals que entrou em atividade em agosto de 2023. Três meses depois de iniciar as operações e produzir a primeira barra de ouro, já atingiu a produção de cerca de 10 mil onças troy de ouro (311 kg de Au) na planta de Almas, no Tocantins.
A empresa AUROSTAR Mineração, instalada no município de Pindorama, tem mais de 40.000 hectares de áreas requeridas, principalmente para ouro, sendo que duas delas já se encontram com guias de utilização e avançado estágio de pesquisa. A empresa adquiriu e instalou uma planta gravimétrica que processará 25 Ton/h, mas por estratégia, realizaram a geofísica e identificaram assinaturas semelhantes ao corpo mineralizado conhecido. Sendo assim, intensificaram as sondagens e pesquisas
O Corpo mineralizado da AUROSTAR é dividido em três blocos: no corpo central foi realizado um modelamento prévio com Cut-off de 0,2 ppm e contém em torno de 200.000 onças-troy. Com vistas a melhorar o modelamento geológico, será realizada nova fase de perfuração de furos de sonda de detalhe.
No Município de Monte do Carmo recentemente a empresa Hochschild Mining Brasil, empresa peruana de produção de ouro e prata, adquiriu o que já existe, como excelente infraestrutura implantada. O projeto de mineração de ouro da empresa Cerrado Gold em fase de viabilidade econômica e há forte potencial de exploração futura. O projeto possui 82.000 hectares de requerimentos e já foram cubados cerca de 1.012 k oz-Troy (31.500 kg Au) em recursos medidos e indicados. A empresa executa nova fase de perfurações de 1.704 metros para revalidar a estimativa dos recursos minerais do depósito. O projeto contém cinco zonas de prospecção definidas com a realização de 4.806 metros de sondagem e que confirmam o potencial geológico do projeto.
Existem outros projetos de minério de ouro espalhado pelo Estado, mas em fase de pesquisa e outros que estão paralisados, como aqueles que encontram no município de Chapada da Natividade.
Na região de Palmeirópolis foi descoberto nas décadas de 1970 e 1980, pela antiga empresa Estatal CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) hoje SGB (Serviço Geológico do Brasil), um grande depósito de minérios polimetálicos. No projeto foram perfurados cerca de 30 mil metros de sondagem e nessa época foram identificados três corpos mineralizados. O projeto foi reestudado em 2017 e confirmou o potencial polimetálico da região. Em 21 de dezembro de 2019, na modalidade de leilão para cessão dos direitos de exploração de minérios no Complexo Polimetálico de Palmeirópolis (TO), venceu o certame a empresa australiana ALVO MINERALS. A empresa efetuou mais de 25 mil metros de sondagem entre outubro de 2021 e novembro de 2023 com o objetivo de expandir o conhecimento sobre o Depósito Polimetálico de Palmeirópolis.
Em 2022 foi lançado os Mapas Geológicos e de Recursos Minerais do Tocantins, pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) que tem por objetivo de apresentar as potencialidades minerais no Estado.
No subsolo tocantinense também existe minérios como quartzo, zircônio, titânio, cromo, talco, cobre, ilmenita, gesso, granito (verde, vinho, preto e movimentado) e com grande abundância em ferro e manganês. Há também potencial de gemas (esmeralda, tantalita e turmalina) em São Valério da Natividade, Monte Santo, Palmeirópolis e Jaú do Tocantins. Conforme o Informe Técnico do Serviço Geológico do Brasil (publicado em novembro de 2023) há forte potencial para mineralização de grafita na Faixa Araguaia, principalmente na região de Xambioá e Araguanã no norte do Estado do Tocantins. Na região sudeste, a empresa AMAZON Grafeno está em operação no distrito de Novo Horizonte, município de Jaú do Tocantins, com uma pequena planta piloto de beneficiamento do minério de Grafita para a produção de Grafeno.
Além disso, estudos realizados em 1985 (Andrade et al., 1985) identificaram ocorrências de U (urânio) no nordeste do Estado de Goiás durante o desenvolvimento do Projeto Campos Belos e Rio Preto. Considerando que as unidades geológicas aflorantes se estendem além da fronteira dos estados, conforme trabalhos sistemáticos de mapeamento empreendidos pela antiga CPRM/SGB e pela UnB (Universidade de Brasília), o Estado do Tocantins tem ainda grande potencial para depósitos de urânio. A Estatal Nuclebrás, no âmbito dos projetos empreendidos em Goiás, identificou algumas anomalias de urânio em região próxima ao município de Arraias, hoje localizado no sudeste do Estado de Tocantins. Essa região anômala, denominada Alecrim, está associada a mineralizações que compõem uma pequena ocorrência de U na região (Paixão, Marcos Menezes 2012).Também vale salientar a confirmação de terras raras e níquel laterítico no sudeste do Estado.
Nota-se também a existência de garimpos desativados de diamante e níquel no norte do Estado.
Um dos benefícios diretos gerados a partir da extração mineral é o fundo garantido por meio do recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Trata-se de um tributo pago pelas mineradoras para ser repartido entre: 60% (sessenta por cento) aos Municípios onde ocorre à produção, 15% (quinze por cento) aos Estados e o Distrito Federal onde ocorre a produção, 15% (quinze por cento) para o Distrito Federal e os Municípios, quando afetados pela atividade de mineração e a produção não ocorrer em seus territórios, 7% (sete por cento) para a entidade reguladora do setor de mineração – ANM, 1% (um por cento) para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), 1,8% (um inteiro e oito décimos por cento) para o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e 0,2% (dois décimos por cento) para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), para atividades de proteção ambiental em regiões impactadas pela mineração. Os recursos são destinado à educação, à saúde, infraestrutura e outras áreas importantes para o bem-estar da população afetada pela atividade mineral.
“O Estado do Tocantins tem grande potencial para existência de depósitos minerais estratégicos, como urânio, grafita, níquel laterítico e Elementos Terras Raras.”
A Segurança Jurídica e as políticas de fomento são fundamentais para o setor mineral, e atrairá, conseqüentemente, mais investidores ao setor de mineração. Dessa forma, promoverá benefícios diretos para a população como empregos, renda, qualificações técnicas e sociais. Para que isso ocorra, são necessários incentivos fiscais e sem políticas de aumento ou criação de novos impostos, contribuições ou taxas, que possam inviabilizar os projetos minerais e afastar os investimentos tão importantes para o desenvolvimento sócio-econômico no Estado do Tocantins.
Até os próximos artigos: Calcário, Mineração Sustentável, Meio Ambiente e Legislação Vigente.
LEONARDO BEZERRA / DIRETOR DO SINDICATO DAS INDUSTRIAS DE MINERAÇÃO DO ESTADO DO TOCANTINS (SINDIMETO), EMPRESÁRIO, GESTOR PÚBLICO E TECNICO EM MINERAÇÃO
ARTIGOS
O Whatsapp é uma ferramenta poderosa de conversão
No dia a dia da advocacia, saber conduzir uma conversa estratégica com um potencial cliente é uma habilidade essencial para quem deseja fortalecer sua presença no mercado e fechar mais negócios. Um método prático e eficaz de comunicação para melhorar a conversão de clientes é o WhatsApp.
O primeiro contato é crucial. Comece a conversa de forma empática e genuína. O objetivo aqui é ouvir o cliente mais do que falar, para entender suas reais necessidades antes de apresentar qualquer solução. Essa abordagem acolhedora permite que o cliente se sinta à vontade para compartilhar suas preocupações, criando um ambiente de confiança.
Após abrir o diálogo, procure identificar não só o problema direto, mas também as questões subjacentes que podem impactar a escolha pela sua solução. Quanto mais você entender sobre o que o cliente precisa, mais assertiva será a sua proposta. Essa fase de investigação ajuda a construir uma narrativa sólida e mostra que você compreende as necessidades do cliente, o que torna sua solução mais relevante.
Não se esqueça de direcionar o cliente ao fechamento. Aqui, é importante fazer perguntas que ajudem o cliente a refletir sobre a real necessidade de sua atuação. Uma técnica eficaz para essa etapa é o método SPIN (Situação, Problema, Implicação e Necessidade de Solução), que permite que o cliente perceba, por si mesmo, o valor da sua ajuda.
Na hora de apresentar sua proposta, é essencial que a explicação seja clara e que o valor do seu serviço seja comunicado de forma objetiva. Muitos clientes não conseguem avaliar o serviço jurídico como nós, advogados, então cabe a você destacar os benefícios de forma simples, mas estratégica.
Organize a proposta visualmente, com os principais pontos e valores de forma clara. Quanto mais objetivo e transparente você for, maior será a percepção de valor.
Lembre-se de que é natural que o cliente levante objeções, seja sobre o preço ou a necessidade do serviço. Antecipe-se e prepare respostas para as objeções mais comuns.
Depois de apresentar a proposta e esclarecer as dúvidas, é hora de buscar o fechamento. Se o cliente ainda não estiver pronto para fechar, o follow-up será essencial. Acompanhe-o de perto, mas sem pressionar; mantenha-se disponível e acessível para que ele sinta segurança em fechar com você quando estiver pronto.
Portanto, conduzir uma comunicação estratégica no WhatsApp é uma forma poderosa de transformar conversas em contratos fechados. Ao seguir essas etapas de abertura, investigação, direcionamento, oferta e follow-up, você constrói uma relação sólida e prepara o terreno para fechar mais negócios.
(*) Gabriella Ibrahim é advogada contratualista, especialista e referência em Contratos e Legal Design, criadora da Formação LDFD – o curso que ensina advogados a encararem a advocacia como um negócio. Site: https://link.gabriellaibrahim.com.br/bioinsta
Fonte: Agência Drumond – Assessoria de Comunicação
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