Estado
Governador Carlesse e vice Wanderlei Barbosa são homenageados em sessão pelos 30 anos de Palmas
Ao todo 41 personalidades receberam a honraria, dentre elas, o ex-governador Siqueira Campos, fundador da Capital e todos os ex-prefeitos da cidade.
O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, e o vice-governador Wanderlei Barbosa foram homenageados pela Assembleia Legislativa em sessão solene que comemorou os 30 anos de fundação de Palmas, Capital do Tocantins. A sessão foi realizada na manhã desta terça-feira, 21, no plenário do Parlamento Estadual.
O governador Mauro Carlesse agradeceu a homenagem e relembrou sua decisão em se mudar de São Paulo para o Tocantins. “Vim pra cá visando uma oportunidade de crescimento nesse Estado promissor”, destacou.
O Governador falou também das dificuldades que a gestão enfrenta para preparar o Estado visando à retomada do crescimento. “Estamos trabalhando firme para reduzir despesas e para que o Tocantins cresça com responsabilidade”, disse.
Em relação a Palmas, o Governador voltou a manifestar seu desejo de trabalho em conjunto a Prefeitura de Palmas, visando solucionar problemas de regularização fundiária e da saúde. “Tenho conversado com a Prefeita, que Palmas precisa de um hospital de fraturas. Isso vai ajudar a resolver muitos problemas na área da saúde. E também já estamos fazendo um grande trabalho de regularização fundiária”, finalizou.
Pioneirismo
O vice-governador Wanderlei Barbosa, além de receber sua homenagem, fez questão de destacar a participação de outros pioneiros como seu pai, Fenelon Barbosa, primeiro prefeito de Palmas, e também da primeira Câmara Municipal, representada na sessão pelo ex-vereador Euclides Correa, que ficou ao lado do Vice-governador em seu pronunciamento. “Temos que destacar aqui o trabalho da primeira Câmara Municipal de Palmas, que referendou a autorização que havia sido dada pela Assembleia Legislativa, para instalação da Capital definitiva”, frisou.
O Vice-governador relembrou uma crítica do extinto programa Casseta e Planeta de que “Palmas não iria adiante, mas hoje vemos uma realidade diferente”. Barbosa também falou de futuro e disse que irá continuar o trabalho dedicado ao crescimento da Capital. “Daqui mil anos, o homem mais importante da história do Tocantins será Siqueira Campos. Assim como Fenelon Barbosa está na história de Palmas por ter sido o primeiro prefeito e por ter começado a sua construção. E também os vereadores Euclides Corrêa e Francisco Machado, que conduziram a Câmara Municipal naquela época”, disse.
Siqueira Campos
O ex-governador Siqueira Campos, que não pode comparecer à solenidade, foi o personagem mais citado pelos deputados estaduais durante a sessão. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Andrade, destacou que esse foi o momento certo de o Parlamento reconhecer o trabalho dos deputados constituintes na época da implantação do Estado e da Capital. “Temos que enaltecer com esse gesto simbólico, a visão do estadista Siqueira Campos e o comprometimento e civilidade dos deputados constituintes, por terem possibilitado a implantação da mais nova Capital da América Latina”, frisou.
Antônio Andrade voltou a citar o ex-governador Siqueira Campos em vários outros trechos de seu discurso reconhecimento o marco histórico da decisão de construir a nova Capital na margem direita do Rio Tocantins. “Palmas nasceu do idealismo de Siqueira Campos, um homem à frente de seu tempo”.
Homenageados
Ao todo, foram homenageadas 41 personalidades de destaque no desenvolvimento da Capital. Além do governador Mauro Carlesse e do vice-governador Wanderlei Barbosa, também receberam a placa comemorativa, o ex-governador, José Wilson Siqueira Campos, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro e o primeiro vice-governador do Estado, Darci Coelho.
Também receberam homenagens os ex-prefeitos de Palmas: Fenelon Barbosa, Eduardo Siqueira Campos, Odir Rocha, Nilmar Ruiz, Raul filho e Carlos Amastha; assim como os deputados constituintes: João Renildo, Joaquim Balduíno, Luiz Tolentino, Antônio Jorge, Everaldo Barros, Raimundo Pires dos Santos, Baylon Pedreira, Arlindo Almeida, Carlos Barcelos, Gerival Aires, Izidoro de Oliveira, Mascarenhas de Morais, Jurandi Oliveira, Lindolfo Campelo, Manoel Alencar Neto, Jesus Torres, Merval Pimenta, Pedro Braga e Raimundo Moraes.
Também foram homenageados, o presidente do Tribunal de Justiça, Helvécio Brito, o procurador-geral de Justiça, José Omar, o defensor público geral, Fábio Monteiro, o presidente do Tribunal de Contas, Severiano Costandrade, e o presidente da OAB-TO, Gedeon Pitaluga.
Na condição in memoriam receberam homenagens os deputados constituintes Francisco de Assis Sales, Joaquim Machado Filho, Uiatan Cavalcante e Vicente Confessor.
Estado
COEQTO e ATA realizam seminário sobre os impactos da mineração nas comunidades do estado
Discussões reforçam a necessidade de consulta prévia e defesa dos direitos territoriais no estado
A Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) e a Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA) realizaram, entre os dias 6 e 7 de novembro, o Seminário Estadual sobre os Impactos da Mineração nas Comunidades Rurais do Tocantins. O encontro reuniu camponeses, agricultores familiares e comunidades quilombolas de diversas regiões do estado, com o objetivo de promover o diálogo e reflexões sobre o avanço da mineração e seus impactos nos territórios.
O primeiro dia do evento aconteceu no auditório da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) e também contou com a presença da defensora pública e coordenadora do DPagra, Kênia Martins, e do defensor público-geral do Estado, Pedro Alexandre Conceição Aires. Também participaram representantes de movimentos sociais, além de professores e acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O segundo dia foi dedicado a um debate com lideranças quilombolas, contando com a presença de representantes das comunidades Malhadinha, Ilha de São Vicente, Córrego Fundo, Lajeado, Chapada da Natividade, Baião, Taboca, Boa Esperança; Carrapato, Formiga e Ambrósio; Engenho-Açude e Matão.
Durante o seminário, foram compartilhados dados, informações e denúncias sobre os impactos ambientais, sociais e culturais provocados pelos empreendimentos minerários. Constatou-se o avanço dessas atividades sobre áreas rurais sem a realização da consulta livre, prévia e informada, direito assegurado pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“O Estado tem promovido um avanço muito grande nas atividades minerárias, mas sem levar em consideração que dentro do estado existem comunidades quilombolas. Elas precisam ser ouvidas e consultadas antes da concessão de qualquer lavra ou pesquisa mineral em seus territórios”, destacou Laelson Ribeiro de Souza, coordenador da COEQTO e liderança do quilombo Baião, uma das comunidades diretamente impactadas pela mineração na região Sudeste do estado.
Laelson também relatou alguns dos principais impactos que as comunidades quilombolas vêm sofrendo em diferentes regiões.“Há comunidades que já enfrentam os efeitos da mineração no dia a dia. Casas estão rachando devido ao barulho e às explosões de bombas. Algumas comunidades já não conseguem se deslocar até a cidade por causa da poeira e do intenso tráfego de caminhões e veículos pesados. Tudo isso afeta a qualidade de vida e o sossego das famílias”, ressaltou.
Flávio da Costa Ribeiro, representante da Articulação Camponesa e presidente da Associação do Assentamento Deus é Grande, apresentou os desafios das comunidades rurais da região Norte diante da expansão da mineração. “Os impactos atingem o meio ambiente e provocam a divisão das comunidades, o que facilita a entrada dos empreendimentos. As comunidades Boa Esperança, Remansão, Água Branca, Deus é Grande e Gabriel Filho já estão sendo afetadas. A principal preocupação é com a poluição dos rios pelos dejetos minerais”, destacou.
A defensora pública Kênia Martins, coordenadora do DPagra, abordou a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada em conjunto com a COEQTO, relacionada à exploração mineral na região sudeste do estado. Ela reforçou a importância de o Tocantins regulamentar a obrigatoriedade da consulta prévia para todos os empreendimentos que afetem povos e comunidades tradicionais. “A ação pede a suspensão da licença de operação e a realização de novos estudos, além de exigir a garantia da consulta livre, prévia e informada às comunidades. É necessário que o Estado do Tocantins estabeleça uma regulamentação que obrigue o órgão ambiental a realizar essa consulta sempre que empreendimentos minerários ou outros grandes projetos impactarem povos e comunidades tradicionais e quilombolas”, afirmou.
Paulo Rogério Gonçalves, integrante da ATA e técnico da ONG Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO), ressaltou a importância do seminário para o levantamento de informações iniciais sobre os impactos da mineração no estado. Ele destacou que um dos objetivos dos movimentos sociais é dar continuidade ao diálogo sobre o tema. “Identificou-se uma série de impactos já existentes nas comunidades e ainda há pouca informação sobre quais projetos possuem licenças regulares ou não. São muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas. Nosso objetivo é ampliar o debate, aprofundar a questão e identificar melhor as situações e seus impactos”, pontuou.
O seminário consolidou-se como um importante espaço de diálogo sobre os impactos da mineração no Tocantins. Entre os principais encaminhamentos, destacaram-se a ampliação do debate público, o envio de denúncias aos órgãos competentes e a defesa da regularização fundiária como garantia dos direitos e do bem viver nas comunidades rurais. A COEQTO e a ATA reforçaram o compromisso de seguir promovendo discussões e ações de conscientização, fortalecendo o conhecimento das comunidades e ampliando a compreensão da sociedade tocantinense sobre os desafios enfrentados pelos territórios quilombolas e comunidades tradicionais.
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