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Governador Wanderlei Barbosa edita Medida Provisória que implementa datas-bases beneficiando mais de 27 mil servidores

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Dando prosseguimento à política adotada de valorização dos servidores públicos do Estado, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, editou nessa segunda-feira, 28, a Medida Provisória (MP) nº 8 concedendo reajuste da data-base no valor total de 6% para os servidores públicos estaduais, a partir de 1º de maio deste ano.

O reajuste injetará na economia tocantinense mais de R$ 129 milhões por mês. A MP nº 8 foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), edição dessa segunda-feira, 28. O percentual corresponde à revisão geral anual de 2%, relativa às datas-bases de 2020 e 2021 não implementadas por vedação legal em razão da pandemia da covid-19, e de 4%, referente à data-base de maio de 2022.

A medida beneficia mais de 27 mil servidores públicos ativos, inativos e pensionistas da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo e dos cartorários inativos que tenham benefícios reajustados na mesma proporção e data da remuneração dos servidores ativos. Os percentuais pagos não são cumulativos e não se aplicam à remuneração dos cargos de provimento em comissão e das funções de confiança.

O governador Wanderlei Barbosa ressalta que desde que assumiu a gestão tem trabalhado para quitar os passivos com os servidores públicos estaduais e conceder os direitos adquiridos respeitando o orçamento e o equilíbrio fiscal do Estado. 

“Desde que assumi o Governo, venho trabalhando com a minha equipe para buscar formas de regularizar os direitos dos servidores públicos do Estado que vinham sendo ignorados por gestões anteriores. Já mandamos para a Assembleia Legislativa o documento que trata sobre o pagamento dos retroativos das progressões, já anunciamos o pagamento de retroativos das datas-bases e, agora, estamos pagando as datas-bases dos anos de 2020, 2021 e 2022. Mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia e pelo cenário econômico difícil, essa atitude demonstra nossa boa vontade em relação a essa questão que vem se arrastando há anos como uma bola de neve”, assegura o Governador.

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Progressões

Quanto às progressões, o governador Wanderlei Barbosa adianta que já nas folhas de abril, maio e junho serão implementadas as progressões dos servidores efetivos referentes aos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020. 

O Governador lembra que a MP nº 27, publicada no DOE de 22 de dezembro de 2021, já está em tramitação na Assembleia Legislativa em vias de aprovação. A MP nº 27 define um cronograma de pagamento de todos os saldos passivos correspondentes às progressões horizontais e verticais referentes aos anos de 2015, 2016, 2017 e 2018 até 25 de abril de 2019. O pagamento dos mesmos será de forma parcelada, a partir de janeiro de 2023 até dezembro de 2030.

“Uma boa notícia aos nossos servidores efetivos é que já temos um entendimento com o Legislativo de aumentar essa abrangência. Ou seja, o texto original deve ter uma alteração, articulada por nós, de forma a contemplar as progressões dos servidores aptos até 31 de dezembro de 2020, o que elevaria a um aumento real de 5% a 22% no salário”, adianta o governador Wanderlei Barbosa.

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“Então é no mínimo 6% de aumento referente à data-base, mais o percentual das progressões adquiridas que varia conforme o plano de carreiras de cada categoria”, complementa o secretário do Planejamento e Orçamento, Sergislei Silva de Moura.

Responsabilidade Fiscal

O Governador tranquiliza a todos quanto ao cumprimento das diretrizes da Lei de Responsabilidade Fiscal. “É muito importante que todos saibam que temos uma equipe técnica comprometida, que acompanha de perto essa questão, para não deixar que o Estado venha desenquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal. Na Lei Orçamentária já destinamos R$ 200 milhões para o pagamento das progressões e data-base, e além disso, a nossa arrecadação vem aumentando. Tudo está sendo feito com muita prudência, responsabilidade e transparência”, assegura.

O Estado do Tocantins fechou o terceiro quadrimestre de 2021 com um índice de 40,31% em relação a despesas com pessoal, ou seja, abaixo do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101/00), que é 46,55% em relação à Receita Corrente Líquida (RCL). “Estamos muito bem enquadrados, com uma boa margem para trabalharmos, de forma que esse gasto não deve ultrapassar os 44%, ou seja, mesmo que haja frustração de receitas, vamos fechar o ano enquadrados”, conclui o Governador.

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Estado

COEQTO e ATA realizam seminário sobre os impactos da mineração nas comunidades do estado

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Discussões reforçam a necessidade de consulta prévia e defesa dos direitos territoriais no estado

A Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) e a Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA) realizaram, entre os dias 6 e 7 de novembro, o Seminário Estadual sobre os Impactos da Mineração nas Comunidades Rurais do Tocantins. O encontro reuniu camponeses, agricultores familiares e comunidades quilombolas de diversas regiões do estado, com o objetivo de promover o diálogo e reflexões sobre o avanço da mineração e seus impactos nos territórios.

O primeiro dia do evento aconteceu no auditório da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) e também contou com a presença da defensora pública e coordenadora do DPagra, Kênia Martins, e do defensor público-geral do Estado, Pedro Alexandre Conceição Aires. Também participaram representantes de movimentos sociais, além de professores e acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

O segundo dia foi dedicado a um debate com lideranças quilombolas, contando com a presença de representantes das comunidades Malhadinha, Ilha de São Vicente, Córrego Fundo, Lajeado, Chapada da Natividade, Baião, Taboca, Boa Esperança; Carrapato, Formiga e Ambrósio; Engenho-Açude e Matão.

Durante o seminário, foram compartilhados dados, informações e denúncias sobre os impactos ambientais, sociais e culturais provocados pelos empreendimentos minerários. Constatou-se o avanço dessas atividades sobre áreas rurais sem a realização da consulta livre, prévia e informada, direito assegurado pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Foto: Geíne Medrado

“O Estado tem promovido um avanço muito grande nas atividades minerárias, mas sem levar em consideração que dentro do estado existem comunidades quilombolas. Elas precisam ser ouvidas e consultadas antes da concessão de qualquer lavra ou pesquisa mineral em seus territórios”, destacou Laelson Ribeiro de Souza, coordenador da COEQTO e liderança do quilombo Baião, uma das comunidades diretamente impactadas pela mineração na região Sudeste do estado.

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Laelson também relatou alguns dos principais impactos que as comunidades quilombolas vêm sofrendo em diferentes regiões.“Há comunidades que já enfrentam os efeitos da mineração no dia a dia. Casas estão rachando devido ao barulho e às explosões de bombas. Algumas comunidades já não conseguem se deslocar até a cidade por causa da poeira e do intenso tráfego de caminhões e veículos pesados. Tudo isso afeta a qualidade de vida e o sossego das famílias”, ressaltou.

Flávio da Costa Ribeiro, representante da Articulação Camponesa e presidente da Associação do Assentamento Deus é Grande, apresentou os desafios das comunidades rurais da região Norte diante da expansão da mineração. “Os impactos atingem o meio ambiente e provocam a divisão das comunidades, o que facilita a entrada dos empreendimentos. As comunidades Boa Esperança, Remansão, Água Branca, Deus é Grande e Gabriel Filho já estão sendo afetadas. A principal preocupação é com a poluição dos rios pelos dejetos minerais”, destacou.

A defensora pública Kênia Martins, coordenadora do DPagra, abordou a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada em conjunto com a COEQTO, relacionada à exploração mineral na região sudeste do estado. Ela reforçou a importância de o Tocantins regulamentar a obrigatoriedade da consulta prévia para todos os empreendimentos que afetem povos e comunidades tradicionais. “A ação pede a suspensão da licença de operação e a realização de novos estudos, além de exigir a garantia da consulta livre, prévia e informada às comunidades. É necessário que o Estado do Tocantins estabeleça uma regulamentação que obrigue o órgão ambiental a realizar essa consulta sempre que empreendimentos minerários ou outros grandes projetos impactarem povos e comunidades tradicionais e quilombolas”, afirmou.

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Paulo Rogério Gonçalves, integrante da ATA e técnico da ONG Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO), ressaltou a importância do seminário para o levantamento de informações iniciais sobre os impactos da mineração no estado. Ele destacou que um dos objetivos dos movimentos sociais é dar continuidade ao diálogo sobre o tema. “Identificou-se uma série de impactos já existentes nas comunidades e ainda há pouca informação sobre quais projetos possuem licenças regulares ou não. São muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas. Nosso objetivo é ampliar o debate, aprofundar a questão e identificar melhor as situações e seus impactos”, pontuou.

O seminário consolidou-se como um importante espaço de diálogo sobre os impactos da mineração no Tocantins. Entre os principais encaminhamentos, destacaram-se a ampliação do debate público, o envio de denúncias aos órgãos competentes e a defesa da regularização fundiária como garantia dos direitos e do bem viver nas comunidades rurais. A COEQTO e a ATA reforçaram o compromisso de seguir promovendo discussões e ações de conscientização, fortalecendo o conhecimento das comunidades e ampliando a compreensão da sociedade tocantinense sobre os desafios enfrentados pelos territórios quilombolas e comunidades tradicionais.

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