Estado
Marcelo Miranda inaugura complexo de Delegacias em Porto Nacional
O governador esteve também no Hospital e Maternidade Tia Dedé, que passou por readequações e agora conta com uma Sala de Estabilização
Um complexo que reúne cinco delegacias da Polícia Civil foi entregue à população de Porto Nacional na manhã desta segunda- feira, 27. O novo espaço, inaugurado pelo governador Marcelo Miranda, é mais uma ação efetiva de segurança pública. Na oportunidade, o governador fez a entrega de quatro viaturas que vão atender as delegacias. “Tenho certeza que esse novo ambiente refletirá diretamente na qualidade do trabalho dos profissionais desta delegacia e, consequentemente, no atendimento prestado à população”, enfatizou Marcelo Miranda.
O governador disse que ainda há muito que avançar, mas que é preciso reconhecer os passos já alcançados. “A segurança pública no Tocantins tem recebido toda atenção possível do meu governo. Somente neste ano [2017], criamos oito novas delegacias, reformamos ou mudamos as instalações de outras 14, incluindo as deste complexo”, citou, entre outros exemplos.
Conforme o secretário de Segurança Pública, César Simoni, as melhorias na segurança são resultado de um trabalho em conjunto. “Isso só é possível porque por trás há uma equipe competente, tanto administrativa quanto dos policiais civis. Temos equipe e estrutura para atuar no combate ao crime e é isso que estamos fazendo”, declarou César Simoni.
Para o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, o Complexo dará uma condição de atendimento estratégico para a população. “A gente vê a atuação do Estado no sentido de propiciar e alavancar a proteção da população a partir da montagem desse Complexo”, avaliou.
Complexo
Integram o complexo a 1ª Delegacia de Polícia Civil, a 2ª Delegacia de Polícia Civil, a 3ª Delegacia de Polícia Civil, a 4ª Delegacia Regional, que atende 11 municípios da região; e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Com a inauguração, os moradores de Porto Nacional passam a contar com a Central de atendimento 24 horas para registro de Boletins de Ocorrências.
Hospital Tia Dedé
Antes de entregar as delegacias, o governador esteve no Hospital e Maternidade Tia Dedé, para visitar a nova Sala de Estabilização e as obras de readequação feitas no Hospital. Com as mudanças, a sala que funcionava apenas como Pronto Socorro foi reestruturada e agora conta com sala de Estabilização, medicação e enfermaria de observação com sete leitos. As adequações irão melhorar o fluxo de entrada de pacientes graves.
Estado
COEQTO e ATA realizam seminário sobre os impactos da mineração nas comunidades do estado
Discussões reforçam a necessidade de consulta prévia e defesa dos direitos territoriais no estado
A Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) e a Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA) realizaram, entre os dias 6 e 7 de novembro, o Seminário Estadual sobre os Impactos da Mineração nas Comunidades Rurais do Tocantins. O encontro reuniu camponeses, agricultores familiares e comunidades quilombolas de diversas regiões do estado, com o objetivo de promover o diálogo e reflexões sobre o avanço da mineração e seus impactos nos territórios.
O primeiro dia do evento aconteceu no auditório da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) e também contou com a presença da defensora pública e coordenadora do DPagra, Kênia Martins, e do defensor público-geral do Estado, Pedro Alexandre Conceição Aires. Também participaram representantes de movimentos sociais, além de professores e acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O segundo dia foi dedicado a um debate com lideranças quilombolas, contando com a presença de representantes das comunidades Malhadinha, Ilha de São Vicente, Córrego Fundo, Lajeado, Chapada da Natividade, Baião, Taboca, Boa Esperança; Carrapato, Formiga e Ambrósio; Engenho-Açude e Matão.
Durante o seminário, foram compartilhados dados, informações e denúncias sobre os impactos ambientais, sociais e culturais provocados pelos empreendimentos minerários. Constatou-se o avanço dessas atividades sobre áreas rurais sem a realização da consulta livre, prévia e informada, direito assegurado pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“O Estado tem promovido um avanço muito grande nas atividades minerárias, mas sem levar em consideração que dentro do estado existem comunidades quilombolas. Elas precisam ser ouvidas e consultadas antes da concessão de qualquer lavra ou pesquisa mineral em seus territórios”, destacou Laelson Ribeiro de Souza, coordenador da COEQTO e liderança do quilombo Baião, uma das comunidades diretamente impactadas pela mineração na região Sudeste do estado.
Laelson também relatou alguns dos principais impactos que as comunidades quilombolas vêm sofrendo em diferentes regiões.“Há comunidades que já enfrentam os efeitos da mineração no dia a dia. Casas estão rachando devido ao barulho e às explosões de bombas. Algumas comunidades já não conseguem se deslocar até a cidade por causa da poeira e do intenso tráfego de caminhões e veículos pesados. Tudo isso afeta a qualidade de vida e o sossego das famílias”, ressaltou.
Flávio da Costa Ribeiro, representante da Articulação Camponesa e presidente da Associação do Assentamento Deus é Grande, apresentou os desafios das comunidades rurais da região Norte diante da expansão da mineração. “Os impactos atingem o meio ambiente e provocam a divisão das comunidades, o que facilita a entrada dos empreendimentos. As comunidades Boa Esperança, Remansão, Água Branca, Deus é Grande e Gabriel Filho já estão sendo afetadas. A principal preocupação é com a poluição dos rios pelos dejetos minerais”, destacou.
A defensora pública Kênia Martins, coordenadora do DPagra, abordou a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada em conjunto com a COEQTO, relacionada à exploração mineral na região sudeste do estado. Ela reforçou a importância de o Tocantins regulamentar a obrigatoriedade da consulta prévia para todos os empreendimentos que afetem povos e comunidades tradicionais. “A ação pede a suspensão da licença de operação e a realização de novos estudos, além de exigir a garantia da consulta livre, prévia e informada às comunidades. É necessário que o Estado do Tocantins estabeleça uma regulamentação que obrigue o órgão ambiental a realizar essa consulta sempre que empreendimentos minerários ou outros grandes projetos impactarem povos e comunidades tradicionais e quilombolas”, afirmou.
Paulo Rogério Gonçalves, integrante da ATA e técnico da ONG Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO), ressaltou a importância do seminário para o levantamento de informações iniciais sobre os impactos da mineração no estado. Ele destacou que um dos objetivos dos movimentos sociais é dar continuidade ao diálogo sobre o tema. “Identificou-se uma série de impactos já existentes nas comunidades e ainda há pouca informação sobre quais projetos possuem licenças regulares ou não. São muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas. Nosso objetivo é ampliar o debate, aprofundar a questão e identificar melhor as situações e seus impactos”, pontuou.
O seminário consolidou-se como um importante espaço de diálogo sobre os impactos da mineração no Tocantins. Entre os principais encaminhamentos, destacaram-se a ampliação do debate público, o envio de denúncias aos órgãos competentes e a defesa da regularização fundiária como garantia dos direitos e do bem viver nas comunidades rurais. A COEQTO e a ATA reforçaram o compromisso de seguir promovendo discussões e ações de conscientização, fortalecendo o conhecimento das comunidades e ampliando a compreensão da sociedade tocantinense sobre os desafios enfrentados pelos territórios quilombolas e comunidades tradicionais.
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