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Sindicatos aumentam a pressão contra o Governo por data-base de 10,5%

Sisepe e outras entidades podem deflagrar greve geral a partir do dia 05 caso reivindicação não seja atendida.

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A mobilização organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO) para cobrar o pagamento da data-base dos servidores públicos estaduais ganhou reforço esta semana. Dezenas de outdoors foram espalhadas pelos principais pontos de Palmas com frases de impacto que esclarecerem que a data-base é apenas a reposição das perdas salariais tidas com a inflação. Além dos outdoors também estão acontecendo ações de mobilização no interior, com reuniões nos órgãos estaduais e adesivagem de carros dos servidores.

 

“A data-base venceu em 1º de maio e até agora não houve nenhuma proposta concreta de pagamento, tanto dos retroativos do ano passado como da data-base deste ano. O SISEPE-TO não vai ficar de braços cruzados. Estamos fazendo a nossa parte, mobilizando a categoria e cobrando o que é um apenas um direito garantido na legislação”, ressaltou o presidente do SISEPE-TO, Cleiton Pinheiro.

 

Segundo ele, os outdoors e adesivos têm o objetivo de alcançar a população em geral, esclarecendo os motivos dos protestos e da greve. “Caso o Governo não tome nenhuma atitude para cumprir com o direito do servidor, a greve geral será uma realidade já a partir de 09 de agosto”, esclareceu.

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REUNIÕES

Em outra frente de mobilização, desde o dia 13 de julho, o SISEPE-TO está percorrendo as principais cidades do interior do Estado reuniões com os servidores públicos. “É a oportunidade de relatar para os colegas como está a negociação com o Governo e também esclarecer dúvidas sobre a greve”, contou o presidente do SISEPE-TO. O Sindicato também está reforçando a convocação para a Assembleia Geral Extraordinária  marcada para o dia 05 de agosto e que vai ratificar a deliberação da greve.

 

Na terça-feira, dia 26, Cleiton Pinheiro e os outros líderes do SISEPE-TO estiveram em Gurupi. Nos próximos dias, a equipe irá para Peixe, Natividade, Dianópolis e outras cidades circunvizinhas. A avaliação da equipe do SISEPE-TO é que os servidores estaduais que residem no interior estão prontos para a greve. “A receptividade tem sido melhor que o esperado. O servidor está consciente de tudo que está acontecendo na negociação e indignado com a postura do Governador Marcelo Miranda de não pagar aquilo que é de direito. Acreditamos que a greve terá grande adesão e participação da categoria”, pontuou Pinheiro. (Assessoria de Comunicação SISEPE-TO, Ana Mariana Araújo e Antonio da Luz)

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COEQTO e ATA realizam seminário sobre os impactos da mineração nas comunidades do estado

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Discussões reforçam a necessidade de consulta prévia e defesa dos direitos territoriais no estado

A Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) e a Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA) realizaram, entre os dias 6 e 7 de novembro, o Seminário Estadual sobre os Impactos da Mineração nas Comunidades Rurais do Tocantins. O encontro reuniu camponeses, agricultores familiares e comunidades quilombolas de diversas regiões do estado, com o objetivo de promover o diálogo e reflexões sobre o avanço da mineração e seus impactos nos territórios.

O primeiro dia do evento aconteceu no auditório da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) e também contou com a presença da defensora pública e coordenadora do DPagra, Kênia Martins, e do defensor público-geral do Estado, Pedro Alexandre Conceição Aires. Também participaram representantes de movimentos sociais, além de professores e acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

O segundo dia foi dedicado a um debate com lideranças quilombolas, contando com a presença de representantes das comunidades Malhadinha, Ilha de São Vicente, Córrego Fundo, Lajeado, Chapada da Natividade, Baião, Taboca, Boa Esperança; Carrapato, Formiga e Ambrósio; Engenho-Açude e Matão.

Durante o seminário, foram compartilhados dados, informações e denúncias sobre os impactos ambientais, sociais e culturais provocados pelos empreendimentos minerários. Constatou-se o avanço dessas atividades sobre áreas rurais sem a realização da consulta livre, prévia e informada, direito assegurado pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Foto: Geíne Medrado

“O Estado tem promovido um avanço muito grande nas atividades minerárias, mas sem levar em consideração que dentro do estado existem comunidades quilombolas. Elas precisam ser ouvidas e consultadas antes da concessão de qualquer lavra ou pesquisa mineral em seus territórios”, destacou Laelson Ribeiro de Souza, coordenador da COEQTO e liderança do quilombo Baião, uma das comunidades diretamente impactadas pela mineração na região Sudeste do estado.

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Laelson também relatou alguns dos principais impactos que as comunidades quilombolas vêm sofrendo em diferentes regiões.“Há comunidades que já enfrentam os efeitos da mineração no dia a dia. Casas estão rachando devido ao barulho e às explosões de bombas. Algumas comunidades já não conseguem se deslocar até a cidade por causa da poeira e do intenso tráfego de caminhões e veículos pesados. Tudo isso afeta a qualidade de vida e o sossego das famílias”, ressaltou.

Flávio da Costa Ribeiro, representante da Articulação Camponesa e presidente da Associação do Assentamento Deus é Grande, apresentou os desafios das comunidades rurais da região Norte diante da expansão da mineração. “Os impactos atingem o meio ambiente e provocam a divisão das comunidades, o que facilita a entrada dos empreendimentos. As comunidades Boa Esperança, Remansão, Água Branca, Deus é Grande e Gabriel Filho já estão sendo afetadas. A principal preocupação é com a poluição dos rios pelos dejetos minerais”, destacou.

A defensora pública Kênia Martins, coordenadora do DPagra, abordou a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada em conjunto com a COEQTO, relacionada à exploração mineral na região sudeste do estado. Ela reforçou a importância de o Tocantins regulamentar a obrigatoriedade da consulta prévia para todos os empreendimentos que afetem povos e comunidades tradicionais. “A ação pede a suspensão da licença de operação e a realização de novos estudos, além de exigir a garantia da consulta livre, prévia e informada às comunidades. É necessário que o Estado do Tocantins estabeleça uma regulamentação que obrigue o órgão ambiental a realizar essa consulta sempre que empreendimentos minerários ou outros grandes projetos impactarem povos e comunidades tradicionais e quilombolas”, afirmou.

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Paulo Rogério Gonçalves, integrante da ATA e técnico da ONG Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO), ressaltou a importância do seminário para o levantamento de informações iniciais sobre os impactos da mineração no estado. Ele destacou que um dos objetivos dos movimentos sociais é dar continuidade ao diálogo sobre o tema. “Identificou-se uma série de impactos já existentes nas comunidades e ainda há pouca informação sobre quais projetos possuem licenças regulares ou não. São muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas. Nosso objetivo é ampliar o debate, aprofundar a questão e identificar melhor as situações e seus impactos”, pontuou.

O seminário consolidou-se como um importante espaço de diálogo sobre os impactos da mineração no Tocantins. Entre os principais encaminhamentos, destacaram-se a ampliação do debate público, o envio de denúncias aos órgãos competentes e a defesa da regularização fundiária como garantia dos direitos e do bem viver nas comunidades rurais. A COEQTO e a ATA reforçaram o compromisso de seguir promovendo discussões e ações de conscientização, fortalecendo o conhecimento das comunidades e ampliando a compreensão da sociedade tocantinense sobre os desafios enfrentados pelos territórios quilombolas e comunidades tradicionais.

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